terça-feira, janeiro 09, 2007

O defeito da Ira

O objetivo desta lição é colocar ênfase em um tipo de defeito psicológico muito comum, que é fácil de ser percebido atuando nos centros da máquina humana e que, no entanto, é um dos maiores causadores de sofrimentos e problemas psicológicos, físicos e sociais.
Vejamos o seguinte trecho retirado do livro “A Revolução da Dialética”, de Samael Aun Weor:

“A ira aniquila a capacidade de pensar e de resolver os problemas que a originam.
Obviamente, a ira é uma emoção negativa.
O enfrentamento de duas emoções negativas de ira não consegue paz nem compreensão criadora.

Inquestionavelmente, sempre que projetamos a ira a outro ser humano, produz-se a derrubada de nossa própria imagem e isto nunca é conveniente no mundo das inter-relações.
Os diversos processos da ira conduzem o ser humano para horríveis fracassos sociais, econômicos e psicológicos.
É claro que a saúde também é afetada pela ira.
Existem certos néscios que se aproveitam da ira, já que esta lhes dá um certo ar de superioridade. Nestes casos a ira combina-se com o orgulho.
A ira também costuma se combinar com a presunção e até com a auto-suficiência. A bondade é uma força muito mais esmagadora que a ira.

Uma discussão colérica é tão somente uma excitação carente de convicção.
Ao enfrentarmos a ira, devemos resolver-nos, devemos decidir-nos, pelo tipo de emoção que mais nos convém.
A bondade e a compreensão resultam melhores que a ira. Bondade e compreensão são emoções permanentes, posto que podem vencer a ira.
Quem se deixa controlar pela ira destrói sua própria imagem. O homem que tem um completo autocontrole, sempre estará no cimo.

A frustração, o medo, a dúvida e a culpa originam os processos da ira.
Frustração, medo, duvida e culpabilidade produz a ira. Quem se libertar destas quatro emoções negativas dominará o mundo.
Aceitar paixões negativas é algo que vai contra o auto-respeito.
A ira pertence aos loucos. Não serve porque leva à violência. O fim da ira é levar-nos à violência e esta produz mais violência.”

Esteja especialmente atento a este defeito, pois ele se manifesta muitas vezes e de várias formas, e seus efeitos são extremamente negativos.
O meio para eliminá-lo é o mesmo que para qualquer defeito psicológico: a morte psicológica.
Nada justifica ficarmos nervosos, bravos, com ódio, etc., seja por qual motivo for.
O ideal seria encarar com serenidade qualquer fato ou evento, seja este desagradável ou mesmo desastroso.
Conforme vamos eliminando o defeito da ira vai surgindo em nós, na mesma proporção, a virtude da serenidade. Conforme vamos eliminado o defeito do ódio, irá surgindo em nós a virtude do amor.

O defeito da ira alimenta-se de muitos detalhes e se manifesta em várias situações.
Algumas situações mais comuns nas quais se manifesta o defeito da ira são:

- Discussões em casa ou no trabalho, ainda que de forma sutil.
- Situações desagradáveis e inevitáveis.
- Acidentes de qualquer natureza, como quebrar um objeto estimado.
- Fatos que geram frustração, como quando se está esperando por algo que não acontece.

O defeito da ira pode, sozinho, desgraçar por completo a vida de uma pessoa.
Mais ainda, pode desgraçar também a vida de todos ao seu redor, como infelizmente ocorre, por exemplo, nos tristes casos de violência doméstica.
Não permita de forma alguma que esse defeito influencie negativamente sua vida.
Você já sabe como fazer para evitar isto.

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