sexta-feira, setembro 04, 2009

Doenças e a Ação das Flores na Cura

A Fisiopatologia Psicobioenergé tica das Doenças e a Ação das Flores na Cura.

"A cura de uma parte não pode ser obtida sem o tratamento do todo." Platão

Assim como as flores "florescem" no mundo físico, o mesmo ocorre na alma humana quando se faz uso de um remédio floral. Um vidente adiantado que observasse o campo áurico de uma pessoa sob tratamento com florais, veria surgir "flores" no veiculo relativo ao campo psicomental; estas "flores" seriam semelhantes àquelas com que os florais foram preparados, inclusive em forma, cor e tonalidade ; elas inundariam esse campo modificando as cores mórbidas próprias do campo áurico. Sabemos que quando se faz uso de florais, "afloram" a todo instante sentimentos puros e diferentes no nosso campo mental ; isto se deve justamente ao fenômeno ora citado.

Mas assim como as flores têm um tempo de vida muito curto, também a sua permanência como vibração no campo áurico é temporária. Por esta razão, recomenda-se que um tratamento com florais seja mais prolongado e constante, quanto mais crônico seja o problema em questão.

Para melhores resultados, aconselha-se a realização de um tipo de psicoterapia durante o tratamento floral, ou que a pessoa se submeta a uma profunda auto-reflexão durante a fase de efeito floral, de modo a permitir que a influência das essências florais no seu campo psicomental abra mais ainda a consciência, fazendo com que a ação da flor seja a mais fecunda e eficaz possível. Há vários modos de se entender as doenças e suas causas. Em termos esotéricos, elas de sevem a um estado de desarmonia ou desequilíbrio entre a consciência habitual e a alma, isto é, entre o sí, que é o verdadeiro ser, e os seus veículos de expressão. Isso produz um desarranjo na sincronia vibratória entre as energias dos vários níveis psíquicos de uma pessoa.

A doença é, portanto, um dos efeitos inevitáveis do nosso estado de inconsciência, ou de limitação da nossa consciência habitual; mas, para quem sabe entender, ela também é útil, visto que revela os nossos erros e deficiências. A doença esconde uma mensagem que deve ser decifrada, já que, dependendo do órgão ou da função atingidos, há um problema especifico, um conflito diferente, uma anomalia especifica que deve ser localizada.

Por seus efeitos, a doença é purificatória e contribui para a evolução do doente e, uma vez resolvida, dissipa-se o conflito que a originou; as energias mal dirigidas ou bloqueadas são canalizadas na direção correta, mesmo que temporariamente. A medicina universal concebe que o homem é um agregado de energias em diferentes níveis vibratórios. O Si, ou consciência central verdadeira, representa um eixo principal, um núcleo estável em torno do qual giram os demais corpos sutis. A doença resulta, primeiramente, de um estado de desarmonia entre os corpos e níveis de consciência, que acaba pode gerar os sintomas físicos, psíquicos ou mentais. Independentemente das causas internas ou externas, o homem deve, portanto, procurar estabelecer o equilíbrio e a harmonia entre as várias energias, de modo a permitir a emergência do seu centro unificador, ou consciência superior.

De um modo geral, as doenças resultam da utilização errônea das energias que se encontram em nós. As suas causas mais freqüentes localizam-se no corpo anímico, ou astral, e estão profundamente ligadas às emoções inferiores, às quais praticamente a humanidade inteira acha-se escravizada; no ser humano comum, esse corpo anímico (alma) ou emocional é o mais desenvolvido e utilizado, sendo nele, portanto, que se originam os problemas e erros freqüentes resultantes da enorme quantidade de tensões, acumulo de energias deletérias, nódulos vibratórios negativos, etc. É nesse campo que se alojam as emoções, tanto evidentes quanto ocultas, como o medo, as frustrações, as mágoas, as ansiedades, a avareza e outros parasitas da alma. Portanto, aquilo que se considera psicoterapeuticamen te como "inconsciente" é, na verdade, o campo anímico. O processo analítico de terapia penetra nesse universo complexo e não no universo puro da consciência do eu superior, que, na verdade, está plenamente preservado dos males e dos desequilíbrios gerados pela ansiedade sensações do eu inferior;; com isto se pode entender que o máximo dano que pode ocorrer com o seu eu superior é que ele seja "apagado" ou "eclipsado" pelas prerrogativas de um eu inferior atrasado e prevalente. Numa conclusão definitiva e sintética, as doenças são causadas exatamente por isto. Ratificando a postura filosófica de Bach, Steiner e de outros mestres, entende-se então que não há doença ou desequilíbrio passível de ser provocado pelo eu superior, mas como resultado do conflito entre este e a consciência obscura do eu "inconsciente" , ou personalidade.

O sintoma psíquico comuns como a angustia, a ansiedade, o medo, a raiva, o ódio (diferente da raiva por ser frio), etc., bem como características pessoais psicológicas muito típicas, ligadas ao temperamento individual e a idiossincrasias complexas, não devem ser exatamente o alvo do terapeuta ao tratar alguém, mas ele deve entender que estes fenômenos representam apenas aspectos externos, ou significam tão-somente efeitos ligados a causas muito mais complicadas e centrais oriundas de elementos do inconsciente ou de conflitos introjetados nos recônditos mais profundos da alma. Trabalhar apenas a superfície do problema. Por mais sutil e profunda que seja a situação das essências florais, mesmo quando adequadamente selecionadas para cada caso, não se consegue atingir o núcleo principal dessas idiossincrasias psicomentais, que só podem desaparecer se compreendido o seu significado pela própria pessoa que passa por elas. Esses problemas estão invariavelmente ligados a aspectos existenciais de difícil entendimento ou interpretação ; sendo assim, não podem ser removidos apenas pela ingestão de gotas de remédios, pílulas extratos, etc. Mesmo que remédios florais ou essências apresentem um padrão vibracional sutil, isto só pode obviamente ser conseguido através da abertura do discernimento e da capacidade de compreensão do "paciente", ou, mais especificamente, pelo seu crescimento interior.

Os sintomas psíquicos, os sofrimentos morais, as preocupações, os medos, as ansiedades e demais feridas da alma resultam do distanciamento da consciência do individuo com relação à ordem sutil da vida, provocado por miríades de causas, como o apego material, a usura, a concupiscência, a ignorância espiritual, à subversão da escala dos valores, ao condicionamento cultural, a luxuria, etc. Os remédios florais adequados podem contribuir para a abertura da compreensão e do discernimento, mas jamais terão qualquer ação mágica capaz de destruir estas causas. Mesmo porque esses sintomas relatados possuem uma importantíssima função no processo da evolução humana;; não fosse pelo caminho da dor e do sofrimento, não haveria nenhum outro estimulo ao crescimento interior de um individuo relutante ou indolente. O sofrimento torna-se assim uma motivação importante para livrar-se dele a pessoa obrigatoriamente deve entrar em contato com as respostas que necessita para crescer. Esta é a magia da vida. O bem-estar físico e mental, a opulência, a prosperidade material, etc. geram inércia e estagnação espiritual. Toda vez que uma brilhante civilização atingiu o seu clímax material e daí seguiu para o excesso e para a luxuria, conheceu o declínio e a degeneração. Com o ser humano comum, sem a iniciação espiritual, ou sem o devido aprimoramento existencial, o processo é o mesmo. Só a adversidade pode ensinar aos menos preparados. Remédios, por mais eficazes e sutis que sejam, podem ajudar bastante,mas não podem fazer pela pessoa aquilo que ela tem que fazer por si própria. Quanto a isto não se iludam, nem pacientes, nem terapeutas.

As pessoas, de um modo geral, são movidas pelos desejos, pelas emoções, e por impulsos condicionados pelo ambiente que as cerca, reagindo mais emocional do que racionalmente aos estímulos externos ou fatos. Por esta razão, o corpo é continuamente agitado pelos desejos fortes e pelas emoções, apresentando- se quase sempre perturbado e congestionado. Ansiedade, medo paixões e desejos desordenados mantêm sempre em movimento as vibrações da natureza emocional do homem e se comunicam com o corpo físico denso através do corpo etéreo. O centro vital, como expressão das emoções no corpo etéreo, é o plexo solar, situado pouco acima da região umbilical, onde as perturbações do veiculo anímico afetam principalmente o aparelho gastrintestinal e os rins ; por esta razão é comum que as pessoas muito estressadas apresentem distúrbios digestivos (ulceras, gastrites, flatulência, má digestão, azia, prisão de ventre ou diarréias, acúmulos de líquidos, etc.).

Quando as ações dos veículos superiores são intensas e esbarram com fortes resistências de uma personalidade rígida ou muito determinada, surgem conflitos posteriormente desarranjos energéticos que também podem causar doenças; este processo recebeu muita atenção de Edward Bach e representou a raiz e a razão de toda a sua metodologia terapêutica. O seguinte texto, extraído de um dos livros de Bach, refere-se a estas questões do seguinte modo:

"A arrogância eu rigor da mente fazem crescer essas doenças e produzem rigidez e um corpo dolorido". A dor é resultado de crueldade, pela qual o paciente aprende, através do sofrimento pessoal, a não se impor sobre os seus semelhantes, seja do ponto de vista físico ou mental. As penalidades do ódio são a solidão, o temperamento violento e incontrolável, os ataques de nervos e a histeria. As doenças da introspecção, neurose, neurastenia, etc. são causadas pelo excesso de egoísmo, ignorância, falta de sabedoria, trazem as suas próprias dificuldades no dia-a-dia e podem incluir uma resistência em vez da verdade. Essas imprevidências também produzem prejuízo da visão e da audição, como conseqüências naturais. A instabilidade mental direciona para o corpo a mesma qualidade vibratória, gerando assim várias desordens que afetam o movimento e a coordenação. A cobiça e o domínio dos outros tornam o individuo um escravo do seu próprio corpo e das doenças circulatórias, cardíacas e articulares.

"De modo que cada parte doente do corpo não é afetada sem razão, mas de acordo com a lei de causa e efeito. O coração, por exemplo, é a fonte da vida e por isso do amor; quando ele é afetado, especialmente por causas passionais, o sentimento humano não se desenvolve equilibradamente. Uma mão afetada pode significar atos deficientes ou ações erradas. O cérebro pode significar atos deficientes ou ações erradas. O cérebro - sendo o centro, o controle principal do organismo -, se perturbado, determina também falta de controle na personalidade. Devemos admitir que muitos resultados negativos na saúde podem ser realmente provocados por um temperamento violento, pelo choque inesperado de más noticias, etc. Se até mesmo ocorrências insignificantes podem afetar o corpo, quanto mais sério e profundamente enraizado por um conflito, pior será a sua influencia sobre o organismo físico.

"A obrigação do médico deve ser administrar remédios que ajudem o corpo físico a ganhar resistência e a mente a ficar tranqüila. Ampliar-se a uma perspectiva é um esforço para a perfeição, permitindo assim paz e harmonia para toda a personalidade do doente. Tais remédios estão na natureza, colocados ali pela graça do criador divino para a cura e conforto do homem".

Os antigos médicos aromaterapeutas egípcios, persas, hindus, chineses, etc., aplicavam as suas essências florais medicinais buscando justamente o estimulo da participação da consciência superior do paciente, ao mesmo tempo em que procuravam dissipar as resistências dos veículos anímicos. É interessante observar que a flor representa o órgão mais belo e sutil de uma planta o que, por analogia, pode ser comparada com a consciência superior dos seres humanos.

Quando adoece ou sofre reveses, o homem comum tende atribuir os seus males e sofrimentos a forças exteriores, ou, então, a um destino adverso, raramente compreendendo que tudo o que lhe acontece teve como causa atos que geraram feitos por ele mesmos acionados ou provocados e que tudo nada mais é que a manifestação da lei do equilíbrio.

Os mestres autênticos sempre ensinaram, em síntese, que a via do progresso interior e da busca da harmonia, é a do desenvolvimento da consciência. Isto só é possivel ao se sair do estado passivo, condicionado e inconsciente, vinculado s aos rigidos valores e prerrogativas do eu superficial ilusório, para atingir o estado de consciencia plena, num reencontro completo com o nosso ser verdadeiro. Esse "ser verdadeiro", contudo, não pode ser compreendido apenas pela nossa mente racional limitada, uma vez que ele não pode ser submetido a conceitos e critérios. Pode-se entender que tal estado de consciência só é alcançado através do despojamento continuo dos atributos da individualidade, como caminho autêntico para a universalidade, ou "Deus".

Fonte: livro "Medicina Floral" de Márcio Bontempo, Ed. Ediouro, 1994

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