domingo, agosto 22, 2010

SOBRE INVEJA E ADMIRAÇÃO

Quando alguém que não tem sua auto-estima fortalecida,
compara-se com outro, surge nele um sentimento
negativo, diria até desesperador, visto que sempre
haverá em algum aspecto, pessoas melhores do que nós.
Devemos compreender que cada pessoa tem seu jeito de
ser, seu ritmo de viver, um caminho a trilhar. Não
estamos nesta vida para sermos melhores ou piores do
que ninguém mas sim, para realizar o potencial que
existe em cada um de nós. Sermos sempre melhores
comparados com nós mesmos.
Claro que alguém irá dizer... mas como sabermos se
somos melhores sem um parâmetro de comparação? Não
necessitamos de um padrão de comportamento com todas
as características que definiriam o que é ser bem
sucedido para aí sim podermos alcança-lo?
No caso concordaria, mas teria a certeza de que esta
comparação com o outro para ser válida, teria de nos
levar a um aprendizado. Comparar-se com o outro de
forma sadia, é aprender com o outro e isto chama-se
Admiração.
Por isto dizem que no fundo de todo sentimento de
inveja, existe o sentimento de admiração, pois a
inveja nada mais é do que a admiração pelo outro
aliada a decepção com nós mesmo. Por isto o invejoso
busca diminuir o seu objeto de admiração, pois na
incapacidade de aprender com ele, ser como ele, ele
simplesmente opta por destruí-lo, ficando assim, ambos
no mesmo plano... pequeno... miúdo... rasteiro.
Devemos compreender que cada estrela tem seu brilho e
que cada um de nós é uma estrela como já dizia a
falecida Elis Regina lembrando o mago Aleister
Crowley.
Feliz daquele que se alegra com a alegria do outro,
pois não se sente frustrado como o invejoso, que tenta
roubar a alegria do outro, como os planetas roubam a
luz das estrelas. Além do que, não se resolve a
tristeza consigo mesmo, torcendo para a tristeza do
outro. Não se dissipa as limitações com as limitações
do outro.
Daí acreditar que devemos ser padrões de nós mesmos
para podermos encontrar a alegria de sermos o que
somos e saber que poderemos ser muito mais.
É como a fábula do Mestre já em idade avançada que no
leito de morte, ouviu de um de seus discípulos:
Mestre... tens medo da morte? E o Mestre respondeu:
Sim, tenho... tenho medo do meu encontro com Deus... O
discípulo sem entender disse: Mas Mestre, você foi um
exemplo de vida... fostes sábio como Moisés... fostes
justo como Salomão.... E o Mestre interrompe o
discípulo dizendo: Quando eu estiver frente a frente
com Deus, ele não me perguntará se fui como Moisés ou
como Salomão mas sim, se eu fui eu mesmo....
Só para registro e reflexão.
Fecha o pano.
Fernando Martins

Fonte Grupo yahoo grupoplenitude

quinta-feira, agosto 19, 2010

Autoconfiança

Autoconfiança
:: Rosemeire Zago ::

O quanto você confia em si mesmo? Quantas situações, trabalhos, pessoas, você não deixou passar simplesmente por não confiar mais em si? Autoconfiança é importante para todas as pessoas, em todas as áreas da vida, é uma questão de sobrevivência. A premissa básica é que ninguém consegue transmitir confiança se não confia em si mesmo, seja na relação afetiva, pessoal, profissional.
Por exemplo, como uma pessoa pode vender um produto se não confiar em si mesma? Acredito que o diferencial é acreditar em si mesmo, o que irá se refletir no seu produto e na empresa a qual trabalha, o que irá com certeza ser transmitido ao cliente. Como transmitir confiança na relação afetiva, sem conflitos gerados pela insegurança se não confiar em si mesmo? Enfim, a confiança no outro depende muito da confiança em si.

A insegurança, ou falta de confiança em si mesmo, pode trazer algumas características como medo de amar, da mudança, de cometer erros, da solidão, de assumir compromissos, responsabilidades, entre outros. O inseguro não confia em seu valor pessoal, não acredita em suas habilidades, nem em sua capacidade, o que o impulsiona a se apoiar nos outros. Por não confiar em si, acaba por desenvolver a dependência nos filhos, marido, esposa, amigos, colegas de trabalho, etc. Em vez de se unir pelo amor, se une pela insegurança, o que o faz controlar as atitudes, quando não os sentimentos do outro. Controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo, criando cobranças, conflitos e muitas dificuldades em seu relacionamento. É como se quisesse uma certeza daquilo que não encontra dentro de si.

A falta de autoconfiança pode se manifestar em sentimentos de incapacidade, impotência, e dúvidas paralisantes sobre si mesmo. Quando questionado, abre mão com muita facilidade de suas opiniões, mesmo quando são boas, deixando de expressar muitas vezes idéias valiosas. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre se certificar das coisas e controlar as pessoas. É excessivamente cauteloso e vigilante, desconfia de tudo e de todos, como reflexo de falta de confiança em si mesmo.
Quem não confia em si, sente muita dificuldade para enfrentar desafios e, cada fracasso, quando acontece, confirma uma sensação de incompetência, trazendo muito sofrimento. São pessoas indecisas, principalmente sob pressão.

A insegurança pode chegar a tal ponto de fazer com que a pessoa, na ânsia de ser amada, transforme a necessidade natural de amar em uma necessidade patológica, doente, alcançada pela possessividade.
Mas quando começa a se formar a autoconfiança? Na infância. Pessoas inseguras podem ter tido uma educação autoritária dada pelos pais, que escolhem pelos filhos desde a roupa que vão usar, amigos, profissão, não permitindo que a criança expresse suas próprias opiniões e desejos.
Educar, ensinar, colocar limites, todos sabemos que são fatores importantes na educação, mas limitar o desenvolvimento natural do outro, é torná-lo tão inseguro quanto uma educação superprotetora.

Em razão disso, desde crianças, passam a utilizar uma máscara de "bonzinho" como meio de ser aceito, reconhecido, aprovado, amado, mas dentro de si carregam uma enorme insatisfação interior que pode explodir numa raiva inesperada contra aqueles com quem convivem. O direito de decidir deve ser estimulado desde a infância. Crianças crescem aprendendo que os outros devem decidir por elas, depois quando se tornam adultos inseguros são cobrados que tenham atitudes, opinião. Como lidar com conceitos tão contraditórios?

Já as pessoas que confiam em si mesmas são decididas, sem serem arrogantes ou defensivas, e se mantêm firmes em suas decisões; apresentam-se de maneira segura, têm presença; são capazes de expressar opiniões e se expor; são eficientes, capazes de enfrentar desafios, dominar novos trabalhos e tomar decisões sensatas mesmo sob pressão. Pessoas auconfiantes exalam carisma e inspiram confiança nos que as rodeiam. A autoconfiança fornece a necessária confiança para assumir principalmente a função de líder.

Mas é preciso ficar atento entre demonstrar que confia em si e realmente confiar. Como também a confiança em excesso pode ser um problema, pois o excesso de autoconfiança pode gerar imprudência e parecer arrogância, que é fruto da ignorância, muitas vezes de si mesmo.
Na verdade, pessoas que se mostram muito autoconfiantes, geralmente ocultam um sentimento de inferioridade e insegurança. Muitos buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade, como estratégia emocional para ocultar o sentimento de inferioridade que muitas vezes sentem em seu íntimo.

A autoconfiança é resultado da auto-estima. A autoconfiança é um termo usado para descrever como uma pessoa está segura em suas próprias decisões e ações. Isto pode ser aplicado geralmente às situações ou às tarefas específicas. É ter certeza sobre a capacidade, valores e objetivos. A autoconfiança nunca é herdada; é aprendida. A auto-estima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. É ter consciência de seus valores e só quando temos essa consciência é que podemos confiar naquilo que somos capazes. Mas para sabermos do que somos capazes é essencial o autoconhecimento.
Os maiores inimigos da autoconfiança são: a cobrança interna e externa exagerada, o perfeccionismo, medo, a crítica, rigidez, comparação, inveja, dúvida e também a necessidade de aprovação e reconhecimento, pois tudo isso dificulta a mudança e o desenvolvimento, seja profissional ou pessoal. O pensamento não consigo fazer é incapacitante. A autoconfiança é um atributo importante porque a falta da opinião nas conseqüências de uma ação cria tensão, que aumenta a probabilidade de fracasso, causando assim uma pessoa depressiva.

Para elevar a autoconfiança é importante ter percepção emocional, que significa reconhecer as próprias emoções. As pessoas com essa percepção sabem que emoções estão sentindo e por que; conseguem relacionar seus sentimentos com o que pensam, fazem e dizem; reconhecem como seus sentimentos afetam seu desempenho e aqueles com quem trabalham e convivem; possuem uma percepção de seus valores e objetivos. É igualmente importante fazer uma auto-avaliação precisa, ou seja, reconhecer os próprios recursos, capacidades e limitações. São pessoas conscientes de seus pontos fracos, capazes de reflexão, aprendendo com sua experiência e com os erros, sem culpas; e mostram mais abertas e flexíveis ao aprendizado, mudanças e autodesenvolvimento .

Por que a autoconfiança está diretamente relacionada com o autoconhecimento? Você confia em quem não conhece? O mesmo princípio se aplica a cada um de nós. Não podemos confiar em nós mesmos sem nos conhecermos. O autoconhecimento é importante para tudo na vida e requer um constante exercício diário de reflexão. Quem não se conhece não se ama, não muda, não se desenvolve, não cresce. Aquele que não conhece a si mesmo dificilmente terá um bom relacionamento com os outros, causando conflitos ao projetar no outro aquilo que está dentro de si, mas nega.

O caminho mais indicado para elevar o autoconhecimento é o diálogo interno. É isso mesmo, conversar consigo mesmo. As pessoas querem falar, serem ouvidas, mas não se ouvem. É preciso aprender a ouvir a própria voz, que ora vem do coração, da alma, ou seja, suas emoções; ora de sua mente, sua razão. Só quando ouvimos razão e emoção conseguimos atingir o equilíbrio.
Para quem deseja elevar seu autoconhecimento é imprescindível a psicoterapia, que em conseqüência irá reconhecer seu valor, suas habilidades, aprendendo a desenvolver a tão importante confiança em si mesmo. E que diferença isso faz!

Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento através de técnicas de relaxamento, interpretação de sonhos, importância das coincidências significativas, mensagens e sinais na vida de cada um, promovendo também o reencontro com a criança interior.



Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=09895

domingo, agosto 15, 2010

Os obstáculos do Caminho

Os obstáculos do Caminho

De uma maneira geral, o “ocultismo” poderia ser reconhecido como um conjunto de práticas que deveriam distinguir-se do “esoterismo” propriamente dito, o qual seria portanto um conjunto teórico que faria possível a realização das práticas…
O esoterismo poderia apresentar-se como a filosofia do ocultismo, dado que este último término se aplica melhor a uma prática e uma experimentação…o ocultismo se fundamenta sobre a teoria das correspondências mas, simultaneamente, não está isento de esoterismo…
Todas nossas angústias, depressões e misérias surgem do facto de vivermos em ilusão…de acreditamos que somos indivíduos isolados, fechados, separados do nosso semelhante, da natureza e do Cosmos…quando de verdade é que somos manifestações do Divino dentro de um contexto Universal…
Temos grandes dificuldades no caminho de orientação interior…mesmo que não seja nosso propósito de aproveitarmo-nos da aquisição dos poderes supra normais ou experiências espirituais…
Necessitamos “treinar” muito a transformação e extinção do nosso Ego…na presença Divina do SER…devemos procurar eliminar muitas objecções, para chegar ao estado de consciência adquirida na meditação…isto nos impede de elevarmo-nos interiormente até à realidade Divina e conservando sempre uma relação justa com o mundo exterior…o da natureza e dos seres humanos…
Efectivamente, para um discípulo, toda a consciência pode aparecer como o objectivo a alcançar…existe pois o perigo, de ficarmos pelo caminho, e ainda pior, de acreditarmos que alcançamos o objectivo…
Mas em realidade, estas experiências podem superar todo o imaginável quando ainda nos encontramos nos limites das nossas percepções habituais…
A meditação pode apresentar-se a vários níveis complementares…
O primeiro nasce da fé… essa atitude religiosa específica que consiste em considerar todas as manifestações do mundo sensível como outros tantos signos da presença invisível do Ser Divino…nesse sentido eu penso que toda a coisa criada leva necessariamente o selo do seu Criador…para esta forma de meditação, o mundo é uma linguagem divina e que esta trata de ler e decifrar…para mim não acredito que entrar no caminho da sabedoria Arcana consista em ler e encher nossa mente de determinados ensinamentos…penso que nada mais está tão longe da realidade…ainda que isto seja necessário, pois o conhecimento assinala o caminho por onde deveremos seguir para o que aspira a entrar na sabedoria…mas o realmente importante é o exercício constante, a prática constante consciente…o estudo das verdades ocultas, a meditação de estas verdades eternas e o serviço desinteressado perante a Humanidade…ou seja uma actividade humilde e
constante e o exercício da mesma…devemos captar estas inspirações com a necessidade absoluta se realmente queremos elevar nosso ser neste caminho infinito da iniciação em os Mistérios…implica uma constante aplicação prática a favor do nosso semelhante das verdades aprendidas…
Um dos impedimentos principais para uma correcta aplicação prática no caminho esotérico, é a resistência que nossos egos e que afectam nossos corpos Etéricos…e o débil desenvolvimentos dos Chacras…pois a mente separa e o amor atrai…a mente cria uma barreira entre o ser humano e cada Deva suplicante…o amor derruba toda a barreira…temos que não desejar possuir e nem sermos possuídos…devemos dar liberdade ao nosso corpo físico mas procurar trabalhar na criação dos Corpos Superiores do Ser…temos que despojar-nos de todas nossas “roupas velhas”, máscaras, protecções, (onde sempre nos escondemos com medo) nossas eternas desculpas e nossos egos…é necessário não confiar nos “círculos artificiais”pois são obstáculos Cósmicos…
De simplicidade é feito o Caminho predestinado a cada ser humano…basta para isso dizer sim à Luz…e gritar: estou caminhando, lograrei estender a minha mão para alcançar o Cristo Sol, abraçar-me com Ele, fundir-me, e formar a Unidade, chegar a minha casa, nesta vida ou na próxima, não desisto facilmente!
Qualquer obstáculo é o nascimento de uma nova oportunidade…e a dificuldade do obstáculo é sempre o nosso medo ou medos…e enquanto os obstáculos não forem o nascimento de possibilidades não podemos compreender o Ensinamento…
Temos que fazer uma reflexão constante do nosso caminhar pela vida e aplicar os conhecimentos adquiridos na meditação, o equilíbrio dos nossos Chacras, e sublimar nossas paixões e emoções que nos asfixiam…nosso trabalho interior psicológico é fundamental para a eliminação dos nossos defeitos…e cristalizar todas e cada uma de nossas virtudes latentes em nosso interior…isto se consegue com grandes sacrifícios, muito trabalho, muita paciência…e uma recordação de nós mesmos de momento a momento de instante a instante…
Ter a simplicidade, a humildade de aprender uma lição de uma irmã árvore, de uma irmã nuvem, do um irmão animal, de uma fórmula matemática, de uma história, de uma pedra do caminho, de um irmão pássaro, de uma irmã flor…não se trata no fundo a acumular conhecimentos… mas sim da ARTE de saber VIVER…ser sábio nas leis das mudanças para saber fluir com a vida…para ter a coragem de ir contra a corrente…para estar em paz com a vida e consigo próprio…
Na aprendizagem do caminho esotérico, da nosso caminhar pela vida, não pode nem deve haver ambição pois não nos deveremos converter em estrito erudito, ou mercador de ciências, mas o saber tem que estar sempre aliada ao Ser…
Temos que ter uma atitude perante a vida de abertura a tudo, aceitar para onde a vida nos leva…reconhecer com humildade o Plano Divino que está escondido em tudo aquilo que vive…
Assim o Caminho está muito bem simbolizado pela flor do lótus…que está formosa, pura e bela à superfície…mas tem as suas raízes no lodo do pântano…assim como o sábio vivendo neste mundo de ignorância não fica contaminado por ele…
A contemplação não é uma análise do que percebemos…mas sim uma fusão com a experiência da coisa percebida…
O caminho não é nada e é tudo…é esse fio que une um acto aparentemente contingente com outro…e com o caminhar pela vida parece trazer um desenho definido…
Sabemos que os caminhos fáceis não nos levam longe, talvez por isso, o que busca, sente que o caminho é estreito, e comprido…mas se não tiver “pedras” dificuldades não é caminho…

Fraternalmente

José Reis

tirado do site da comunidade espiritual - José Reis