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terça-feira, julho 16, 2013
domingo, fevereiro 17, 2013
DESTINO: EU!
O teu destino é uma criação tua e esta é uma profunda convicção minha. Quantas vezes já ouviste expressões do género, “estou destinada a não ser feliz”, "estou destinado a não encontrar a mulher da minha vida”, estou destinada a não fazer nada do que gosto” ou “ estou destinado a não ter nada daquilo que quero”? Estas pessoas estão destinadas, sim, à invalidez emocional e às catacumbas de uma vida dos infernos, mas nada tem a ver com o destino que lhes foi traçado, tem, sim, explicação no seu padrão de pensamento e na carência de crédito que têm nelas mesmas. O que elas estão a criar é a total ausência de felicidade e, dessa forma, não poderão ter outro fim senão, um destino repleto de sombras, medos e amarguras. Nada, nem Deus nem o destino, é responsável pela autoria do que escreves diariamente no teu muro de lamentações. Essa é uma obra tua, exclusivamente tua, e enquanto não assumires essa responsabilidade e cobrares às instâncias que te falei, tudo o que não és, não fazes e não tens, não verás luz, nem merecerás o paraíso que é ter uma vida consciente.
A ti foi-te entregue por Deus um prémio, uma vida para viver, uma oportunidade única que te permite usufruir das melhores coisas que a Terra tem mas que, também, te oferece a hipótese de crescer, aprender, dar e evoluir enquanto alma e ser humano. Posto isto, farás escolhas através da experiência e diferentes escolhas levar-te-ão a diferentes lugares com diferentes pessoas. Nada do que possas escolher é errado, mas todas as tuas decisões terão bons frutos e consequências pelo caminho. Viverás, então, o que escolheste e para teu bem é bom que o tenhas feito por ti e por mais ninguém. Aprenderás a assumir a importância do que é bom e do que é mau para ti, mas crescerás com ambas as lições, assim dês ao que acabaste de viver o significado correcto. O teu destino será sempre o teu sonho e quando lá chegares, pára, bebe pausadamente os segundos, as horas, os dias seguintes, e quando estiveres saciado, espeta uma bandeira no cume do teu percurso para que nunca te esqueças do que viveste, aprendeste, deste e recebeste. Depois, transfere a confiança, a estima e o amor próprio que ganhaste para a tua nova meta, constrói outra pirâmide e encontra-te, novamente, com o teu destino. Sim, é assim que interpreto a palavra “destino”, não como um “fado”, mas como um ponto de chegada. Um ponto de chegada que te foi eliminado da cabeça quando nasceste, mas que, por mérito, entrega e perseverança, foste capaz de encontrar. Se te identificares com este “Destino”, estarás, sempre, destinado a viver grandes sonhos, a ser feliz e a cumprir, exemplarmente, com a tua missão.
Só podes comandar o teu destino quando fores o comandante da tua vida.
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2013/01/destino-eu.html
quinta-feira, janeiro 24, 2013
DÁ-TE TEMPO!
E quando a culpa da nossa inércia não são os outros? Bom, sempre temos o tempo, ou a falta dele, para culpar. Enfim, muitos de nós usam tudo o que estiver ao seu alcance como justificação para se poderem continuar a lamentar com a ausência de minutos para cuidarem de si mesmos e com o facto de não conseguirem fazer as coisas que, realmente, gostavam de fazer. Costumam até dizer que a vida deles é uma miséria porque não têm tempo para nada.
Penso que é importante desmistificar isto.
É preciso virar ao contrário esta ideia de que o tempo nos controla. Somos nós que o controlamos a ele. Ele é estático, nós somos flexíveis. Uma das coisas que aprendemos muito antes de chegar à escola, é saber que todos os dias têm vinte e quatro horas, certo? Portanto, confirmas que, desde pequeno, tens a noção de que tudo o que se passa no teu dia tem de estar enquadrado nesse mesmo período de tempo? Sim? Fantástico. É uma verdade que, enquanto adolescentes e jovens, demitidos de responsabilidades, essas duas dúzias de horas chegam e sobram, na medida em que sabemos que no dia seguinte haverão mais vinte e quatro para a farra, por outro lado, e olhando agora para a fase adulta, sucede um fenómeno estranho à maioria das pessoas, e talvez tu te incluas nisto, que é, a mesma medida de tempo começar a deixar de ser suficiente para a realidade delas. Pior, não chega, sequer, para consumar todas as obrigações que somaram às suas vidas, portanto, onde é que se encaixa o voucher das coisas que elas, verdadeiramente, desejam fazer no seu dia-a-dia como viver as suas paixões ou investir algum tempo nelas próprias? Em lado nenhum, aliás, já nem pensam nisto. Estas vidas só podem ser infelizes e se tu vives, diariamente, nesta condição, não tens como não me dar razão. O que acontece, a todos aqueles que vivem esta estória, é um acumular, muitas das vezes inconsciente, de deveres e obrigações que, em catadupa, por necessidade, falsa na maioria das vezes, por orgulho ou, ainda, por medo de confiar ou delegar algo em alguém, acabam por ir destruindo o encanto e o sorriso da pessoa. Ora, isto é extremamente perigoso porque como andas anestesiado pelas preocupações e desligado do que realmente te faria bem, só dás pelo que te andas a fazer passado muito tempo e a manifestação dessa auto-sabotagem pode materializar-se numa profunda convulsão interior ou num pico de dor que sentes no corpo e te pode, verdadeiramente, assustar. Aí, se ainda estiveres lúcido, perceberás que os teus desejos foram tão comprimidos no meio da confusão e durante tantos anos, que acabaram por explodir, desaparecer, e dar lugar a mais um conjunto de obrigações. Em muitos dos casos, as pessoas julgam já não haver forma de reparar tanta negligência e desistem, escolhem continuar a carregar a cruz, mas é falso. Há sempre, e no imediato, solução para tudo. A questão é, o que é que tu escolhes fazer no teu dia? Em vinte e quatro horas, é possível agendar obrigações, deveres e desejos. Em vinte e quatro horas, tu podes escolher fazer algo pelo qual és apaixonado, um hobbie, por exemplo, ainda que para isso acontecer tenhas de saber confiar nos outros e delegar-lhes funções que, até agora, eram apenas tuas, largar o teu orgulho em prole da tua saúde emocional e física e até deixar de ser tão rígido contigo, com os horários que estipulaste para teres de ir para a cama, levar e buscar a criança à escola, fazer o jantar, organizar o dia seguinte, arrumar a casa, etc.
Parece impossível?
Não é. O que acontece é que como já não o fazes há muito tempo, deixaste de acreditar que é exequível juntar ao tempo que já não tens, algo que te dê prazer fazer. Sim, é possível! Sugiro, então, que, numa primeira fase, juntes tarefas, um desejo com um dever. Por exemplo, vai correr ou caminhar e, enquanto isso, faz o mapa mental do teu próprio dia ou do teu dia seguinte, ouve música enquanto arrumas a casa, não faças o jantar, manda vir e investe esse tempo num banho relaxante, nuns minutos de sexo ou afeto, põe a criança a dormir a vai até à varanda, nunca sabes o que a natureza te reserva. E sim, abdica de um par de horas de sono e, nesse mesmo tempo, faz aquilo que mais te apetece fazer. Verás que o tempo que passaste na cama, apesar de menor, rendeu muito mais e foi muito mais tranquilo. Porquê? Porque o trocaste pela paixão. Isso vai influenciar o teu dia seguinte, a tua performance no trabalho, a tua entrega nas relações e, aos poucos, o sabor do tempo que dedicas a ti mesmo vai ganhando o seu espaço e tomarás, então, a consciência de que já não podes continuar a viver sem ele nem sem ti.
Na tua vida, tem de haver sempre espaço e tempo para ti e o tempo não passa de um ponteiro no relógio. Fundamental, é o que tu escolhes fazer enquanto ele anda às voltas.
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2013/01/da-te-tempo.html
Penso que é importante desmistificar isto.
É preciso virar ao contrário esta ideia de que o tempo nos controla. Somos nós que o controlamos a ele. Ele é estático, nós somos flexíveis. Uma das coisas que aprendemos muito antes de chegar à escola, é saber que todos os dias têm vinte e quatro horas, certo? Portanto, confirmas que, desde pequeno, tens a noção de que tudo o que se passa no teu dia tem de estar enquadrado nesse mesmo período de tempo? Sim? Fantástico. É uma verdade que, enquanto adolescentes e jovens, demitidos de responsabilidades, essas duas dúzias de horas chegam e sobram, na medida em que sabemos que no dia seguinte haverão mais vinte e quatro para a farra, por outro lado, e olhando agora para a fase adulta, sucede um fenómeno estranho à maioria das pessoas, e talvez tu te incluas nisto, que é, a mesma medida de tempo começar a deixar de ser suficiente para a realidade delas. Pior, não chega, sequer, para consumar todas as obrigações que somaram às suas vidas, portanto, onde é que se encaixa o voucher das coisas que elas, verdadeiramente, desejam fazer no seu dia-a-dia como viver as suas paixões ou investir algum tempo nelas próprias? Em lado nenhum, aliás, já nem pensam nisto. Estas vidas só podem ser infelizes e se tu vives, diariamente, nesta condição, não tens como não me dar razão. O que acontece, a todos aqueles que vivem esta estória, é um acumular, muitas das vezes inconsciente, de deveres e obrigações que, em catadupa, por necessidade, falsa na maioria das vezes, por orgulho ou, ainda, por medo de confiar ou delegar algo em alguém, acabam por ir destruindo o encanto e o sorriso da pessoa. Ora, isto é extremamente perigoso porque como andas anestesiado pelas preocupações e desligado do que realmente te faria bem, só dás pelo que te andas a fazer passado muito tempo e a manifestação dessa auto-sabotagem pode materializar-se numa profunda convulsão interior ou num pico de dor que sentes no corpo e te pode, verdadeiramente, assustar. Aí, se ainda estiveres lúcido, perceberás que os teus desejos foram tão comprimidos no meio da confusão e durante tantos anos, que acabaram por explodir, desaparecer, e dar lugar a mais um conjunto de obrigações. Em muitos dos casos, as pessoas julgam já não haver forma de reparar tanta negligência e desistem, escolhem continuar a carregar a cruz, mas é falso. Há sempre, e no imediato, solução para tudo. A questão é, o que é que tu escolhes fazer no teu dia? Em vinte e quatro horas, é possível agendar obrigações, deveres e desejos. Em vinte e quatro horas, tu podes escolher fazer algo pelo qual és apaixonado, um hobbie, por exemplo, ainda que para isso acontecer tenhas de saber confiar nos outros e delegar-lhes funções que, até agora, eram apenas tuas, largar o teu orgulho em prole da tua saúde emocional e física e até deixar de ser tão rígido contigo, com os horários que estipulaste para teres de ir para a cama, levar e buscar a criança à escola, fazer o jantar, organizar o dia seguinte, arrumar a casa, etc.
Parece impossível?
Não é. O que acontece é que como já não o fazes há muito tempo, deixaste de acreditar que é exequível juntar ao tempo que já não tens, algo que te dê prazer fazer. Sim, é possível! Sugiro, então, que, numa primeira fase, juntes tarefas, um desejo com um dever. Por exemplo, vai correr ou caminhar e, enquanto isso, faz o mapa mental do teu próprio dia ou do teu dia seguinte, ouve música enquanto arrumas a casa, não faças o jantar, manda vir e investe esse tempo num banho relaxante, nuns minutos de sexo ou afeto, põe a criança a dormir a vai até à varanda, nunca sabes o que a natureza te reserva. E sim, abdica de um par de horas de sono e, nesse mesmo tempo, faz aquilo que mais te apetece fazer. Verás que o tempo que passaste na cama, apesar de menor, rendeu muito mais e foi muito mais tranquilo. Porquê? Porque o trocaste pela paixão. Isso vai influenciar o teu dia seguinte, a tua performance no trabalho, a tua entrega nas relações e, aos poucos, o sabor do tempo que dedicas a ti mesmo vai ganhando o seu espaço e tomarás, então, a consciência de que já não podes continuar a viver sem ele nem sem ti.
Na tua vida, tem de haver sempre espaço e tempo para ti e o tempo não passa de um ponteiro no relógio. Fundamental, é o que tu escolhes fazer enquanto ele anda às voltas.
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2013/01/da-te-tempo.html
sexta-feira, janeiro 11, 2013
A VIDA É FRÁGIL MAS TU ÉS FORTE
A VIDA É FRÁGIL AO PONTO DE:
uma bala perdida,
uma queda desampadara,
uma picada de um bicho,
um furo num pneu,
uma distração na estrada,
uma confusão alheia,
uma multidão assustada,
um segundo de desespero,
um copo a mais,
uns graus a menos,
um colapso da natureza,
uma anestesia mal dada,
um momento de sono,
um "não",
um "sim",
um "sai",
um mergulho no mar com a digestão por fazer,
um prato de marisco mal cozinhado,
um susto valente,
um lugar errado na hora errada,
(...)
MAS TU ÉS FORTE AO PONTO DE:
saber amar
saber aceitar,
saber perdoar
e
saber sentir.
A FRAGILIDADE DA VIDA PODE TOCAR A TODOS, FAZ PARTE DA EXPERIÊNCIA DE ESTARMOS VIVOS, MAS A FORÇA DOS HOMENS PODE ATENUÁ-LA, ATRASÁ-LA E ATÉ EVITÁ-LA, BASTA PARA ISSO QUE SAIBAMOS SER MAIS, ESCOLHER MELHOR E VIVER ATENTOS, NÃO DAR NADA POR GARANTIDO NEM NADA POR PERDIDO.
BASTA AGARRAR O "AGORA"
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/12/a-vida-e-fragil-mas-tu-es-forte.html
sábado, janeiro 05, 2013
O "TUNING" DA GENTE!
O medo amarra-nos a mente e ainda que o corpo esteja solto que nem uma mola e fresco como uma alface, nada conseguirá fazer.
A única arma capaz de deter este monstro é a coragem, pois só munidos dela o conseguiremos encarar de frente e acredita, uma vez olhos nos olhos, o medo desiste sempre primeiro. E desiste porquê? Porque o medo é uma criação da nossa cabeça. Nós inventámo-lo dando razão aos nossos educadores, acreditando que os medos deles eram também os nossos, ou aquando de uma experiência pessoal menos feliz que tivemos com algo ou alguém, ficando com medo de sofrer de novo, de ser novamente enganados ou incapazes outra vez.
Independentemente do que sintas e qual a razão para o sentires, uma verdade é absoluta, apenas tu o conseguirás derrotar, mas para isso precisas da composição emocional da coragem, ou seja, de uma pitada de auto-estima, de confiança e de amor-próprio. Estes três elementos são essenciais para fazer frente ao medo, mas não só, é que além do monstro que já falámos existem ainda mais dois fantasmas chatos e incómodos que, não raras vezes, andam sempre com ele, são eles os bloqueios e os preconceitos.
Ora se por um lado o medo te impede a ação pelo que possas encontrar no futuro, por outro, os bloqueios impedem-te de agir pelo que viveste e não ultrapassaste no passado, enquanto os preconceitos te acorrentam o presente devido a uma educação muito restrita ou crenças limitadoras. Assim, se tiveres uma boa imagem de ti mesmo, a audácia de arriscares e te tratares convenientemente, é como se estivesses munido de um turbo que te possibilita ter um rendimento extra, quando comparado com os demais.
É uma espécie de “Tuning” da gente.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/12/o-tunning-da-gente.html
A única arma capaz de deter este monstro é a coragem, pois só munidos dela o conseguiremos encarar de frente e acredita, uma vez olhos nos olhos, o medo desiste sempre primeiro. E desiste porquê? Porque o medo é uma criação da nossa cabeça. Nós inventámo-lo dando razão aos nossos educadores, acreditando que os medos deles eram também os nossos, ou aquando de uma experiência pessoal menos feliz que tivemos com algo ou alguém, ficando com medo de sofrer de novo, de ser novamente enganados ou incapazes outra vez.
Independentemente do que sintas e qual a razão para o sentires, uma verdade é absoluta, apenas tu o conseguirás derrotar, mas para isso precisas da composição emocional da coragem, ou seja, de uma pitada de auto-estima, de confiança e de amor-próprio. Estes três elementos são essenciais para fazer frente ao medo, mas não só, é que além do monstro que já falámos existem ainda mais dois fantasmas chatos e incómodos que, não raras vezes, andam sempre com ele, são eles os bloqueios e os preconceitos.
Ora se por um lado o medo te impede a ação pelo que possas encontrar no futuro, por outro, os bloqueios impedem-te de agir pelo que viveste e não ultrapassaste no passado, enquanto os preconceitos te acorrentam o presente devido a uma educação muito restrita ou crenças limitadoras. Assim, se tiveres uma boa imagem de ti mesmo, a audácia de arriscares e te tratares convenientemente, é como se estivesses munido de um turbo que te possibilita ter um rendimento extra, quando comparado com os demais.
É uma espécie de “Tuning” da gente.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/12/o-tunning-da-gente.html
sexta-feira, dezembro 21, 2012
O AMOR - AMOR
O Amor-Amor é tudo menos aquilo em que estás a pensar, pois quando pensas ele deixa de ser. O amor pensado não é um amor sentido, é obsessão, dependência e, posteriormente, desilusão.
O Amor-Amor, aquele que ama e faz amar, é tudo, tudo mesmo, que seja incondicional. É gratidão, é compaixão, é entrega, é paixão, sou eu e és tu, são as melhores coisas do mundo e os mais longos silêncios. É a convicção de que podes contar contigo para viver tudo o que sentes e para receber tudo o que sentem por ti.
O Amor-Amor é fruto do amor que se tem por nós mais o amor que se tem pelos outros. O falso amor é apenas uma semente podre do amor que se tem pelos outros que mesmo que germine não tardará a desfalecer, pois é o amor-próprio que a alimenta e quando este não existe, também não há água que irrigue o seu caule.
O Amor-Amor é o “amo-me” interior ou o “amo-te” quando nos vemos ao espelho, é a consagração da gratidão por estarmos vivos e por sabermos quem somos. O falso amor é o “amo-te” titubeante que se exclama nos ouvidos dos outros porque deles dependemos ou porque por eles nos tornámos obsessivos. Quando nãos nos amamos, não há amor que nos valha.
O Amor-Amor é a soma das tuas sensações internas potenciadas pelas oferendas externas. É o nirvana. O falso amor é uma conta de dividir onde tudo se espera do outro porque em nós não mora nada. É um imposto, uma taxa que inconscientemente cobramos a quem nos ama.
Ama-te - Ama-te!
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/12/o-amor-amor.html
O Amor-Amor, aquele que ama e faz amar, é tudo, tudo mesmo, que seja incondicional. É gratidão, é compaixão, é entrega, é paixão, sou eu e és tu, são as melhores coisas do mundo e os mais longos silêncios. É a convicção de que podes contar contigo para viver tudo o que sentes e para receber tudo o que sentem por ti.
O Amor-Amor é fruto do amor que se tem por nós mais o amor que se tem pelos outros. O falso amor é apenas uma semente podre do amor que se tem pelos outros que mesmo que germine não tardará a desfalecer, pois é o amor-próprio que a alimenta e quando este não existe, também não há água que irrigue o seu caule.
O Amor-Amor é o “amo-me” interior ou o “amo-te” quando nos vemos ao espelho, é a consagração da gratidão por estarmos vivos e por sabermos quem somos. O falso amor é o “amo-te” titubeante que se exclama nos ouvidos dos outros porque deles dependemos ou porque por eles nos tornámos obsessivos. Quando nãos nos amamos, não há amor que nos valha.
O Amor-Amor é a soma das tuas sensações internas potenciadas pelas oferendas externas. É o nirvana. O falso amor é uma conta de dividir onde tudo se espera do outro porque em nós não mora nada. É um imposto, uma taxa que inconscientemente cobramos a quem nos ama.
Ama-te - Ama-te!
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/12/o-amor-amor.html
sexta-feira, novembro 23, 2012
ELEVA-TE!
A verdadeira ascensão do homem começa no momento em que ele percebe que tudo o que procurou nos outros, durante anos e vidas, se encontra dentro dele. O alimento e o reconhecimento, a compaixão e o perdão, mas acima de tudo o Amor. Todos nós somos ou já fomos vampiros esfomeados, capazes de planear ataques perfeitos. Todos nós já nos alimentámos de pessoas, provámos o sangue das suas almas e sugámos a sua energia. E tudo isto para quê? Para que elas nos possam reconhecer, para que possamos ouvir, diariamente, o que precisamos mas não temos onde nem como encontrar dentro de nós. Para que elas nos digam aquilo que queremos ser e alimentem o nosso ego. Esta prática, necrófaga, é recorrente em todos os seres humanos em não ascensão. Todos nós já procurámos, nos outros, os seus braços de compaixão para nos ampararem e nos darem “cólinho”. Todos nós já nos refugiámos em suas casas, abusando do seu espaço, porque não conseguimos estar sozinhos na nossa e enfrentar o boi pelos cornos. Todos nós já precisámos deles porque em determinada altura da vida fomos uns coitadinhos e a vitimização ainda é o melhor caminho para termos direito à atenção alheia. E tudo isto para quê? Para que nos possam perdoar, para que nos possam entender e proteger com festinhas e cafunés que, na maioria das vezes, nem lhes apetece dar, mas como é amigo tem de ser, e a partir daí consigamos abrir, novamente, os olhos e seguir com a nossa vida. Esta é, também, uma prática recorrente em todos os seres humanos em não ascensão. Por último, todos nós já exigimos que os outros nos amassem para que nos pudéssemos sentir amados. Já quisemos que a nossa companheira, o nosso amigo ou o nosso familiar estivesse disponível a dar os cem porcento dele mais os cinquenta porcento que faltavam de nós, quando na realidade isso não é possível, pois nenhum todo é superior a cem porcento e o pior é que muitos ainda têm e tiveram o descabimento e a coragem demente de cobrar e dizer: “não sou feliz contigo porque não me dás o que preciso”. Este comportamento egoísta padece, ainda, de uma patologia infecto-contagiosa, pois o passar do tempo acabará por trazer à pessoa com quem nos relacionamos todas as frustrações interiores que guardamos cá dentro, resultantes de um passado mal dirigido, e adulterar para sempre a sua autoconfiança, auto-estima e felicidade. Esta doença caracteriza de igual forma todos os seres humanos em não ascensão.
A verdadeira ascensão do homem começa no momento em que ele percebe que tudo o que procurou nos outros, durante anos e vidas, se encontra dentro dele. E não há ascensão sem um caminho. E não há um bom caminho, se não o fizermos sozinhos. Se custa? Custa. Se dói? Dói. Se é sofrível? Por vezes. Se é vital? É. Se vale a pena? Sempre.
in "Os Laços que nos Unem", 2008
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/11/eleva-te.html
A verdadeira ascensão do homem começa no momento em que ele percebe que tudo o que procurou nos outros, durante anos e vidas, se encontra dentro dele. E não há ascensão sem um caminho. E não há um bom caminho, se não o fizermos sozinhos. Se custa? Custa. Se dói? Dói. Se é sofrível? Por vezes. Se é vital? É. Se vale a pena? Sempre.
in "Os Laços que nos Unem", 2008
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/11/eleva-te.html
sexta-feira, novembro 16, 2012
O DIA DA INDEPENDÊNCIA
Podes depender dos teus pais para ter uma cama para dormir, dos bancos para te conceder um empréstimo e comprar uma casa, de um chefe de cozinha para te fazer uma iguaria ou de um transporte que te leve de um ponto ao outro da cidade no tempo que precisas, mas isso é apenas um vislumbre da vida. A vida, no seu todo, são as tuas ideias, o teu projeto, os teus sonhos e a tua missão e não há nada destas coisas, nenhuma mesmo, que dependa de alguém a não ser de ti para a sua consumação. Agora, analisa bem o teu discurso interior, tenta perceber de que forma ainda és influenciado ou manipulado, e por quem, onde se encontra a tua auto-estima e o teu desejo de ser, realmente, feliz. É fundamental que fales contigo, pois existe sempre algo dentro de ti que te quer dizer alguma coisa, que te quer informar como estás tu por dentro. Na dúvida, dá sempre razão a essa voz em detrimento daquelas que te querem possuir, que te querem como um bem delas.
Depender de alguém, das ideias dos outros ou das filosofias das massas, é negar a nossa própria existência, é abdicar totalmente do poder que nos foi concedido à nascença e a mais profunda ingratidão para com a oportunidade que nos foi dada de aqui estar. Como já o disse, cada um de nós é um ser especial e precioso, com responsabilidades pessoais e sociais diferentes de todos os outros. Cada um de nós pode fazer a diferença.
Quantas vezes já deixaste de arriscar porque não to permitiram? Quantas vezes já sonhaste com algo diferente daquilo que te foi imposto ou ensinado e por isso desististe? Quantas vezes foste feliz por depender de algo ou alguém?
Muitas pessoas optam, conscientemente, pela dependência por acharem que a vida se torna mais fácil nesse estado de submissão. Na verdade não lhes é exigido que lutem por nada, por ninguém e, muito menos, por elas. Agora, pergunto eu, que interesse é que isto tem? Esta gente, apesar de respirar e dar ares da sua graça, já morreu e só andam aqui a fazer figura de corpo presente, pois as suas vidas já não são desafiantes. Ser dependente é ter medo de assumir o risco das suas paixões, é a prova de uma tremenda ausência de auto-estima, confiança e amor próprio.
Agora, considero determinante, até para não gerar qualquer tipo de confusão, mencionar um outro aspecto. Uma coisa é depender, outra, bem diferente, é precisar e todos nós, sem excepção, precisamos uns dos outros. Por exemplo, dependo de mim para acabar de escrever este livro, mas não dependo de nenhuma editora para publicá-lo. Preciso que o façam, naturalmente, mas se não for uma, será a outra. Percebes a diferença? Podes ouvir o que te dizem porque estás a precisar de conversar, mas não tens de tomar nada do que ouves como uma verdade tua. Podes precisar da companhia de alguém, mas não tens de depender da presença eterna dessa pessoa.
Dependes de ti. Precisas dos outros.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/11/o-dia-da-independencia.html
Depender de alguém, das ideias dos outros ou das filosofias das massas, é negar a nossa própria existência, é abdicar totalmente do poder que nos foi concedido à nascença e a mais profunda ingratidão para com a oportunidade que nos foi dada de aqui estar. Como já o disse, cada um de nós é um ser especial e precioso, com responsabilidades pessoais e sociais diferentes de todos os outros. Cada um de nós pode fazer a diferença.
Quantas vezes já deixaste de arriscar porque não to permitiram? Quantas vezes já sonhaste com algo diferente daquilo que te foi imposto ou ensinado e por isso desististe? Quantas vezes foste feliz por depender de algo ou alguém?
Muitas pessoas optam, conscientemente, pela dependência por acharem que a vida se torna mais fácil nesse estado de submissão. Na verdade não lhes é exigido que lutem por nada, por ninguém e, muito menos, por elas. Agora, pergunto eu, que interesse é que isto tem? Esta gente, apesar de respirar e dar ares da sua graça, já morreu e só andam aqui a fazer figura de corpo presente, pois as suas vidas já não são desafiantes. Ser dependente é ter medo de assumir o risco das suas paixões, é a prova de uma tremenda ausência de auto-estima, confiança e amor próprio.
Agora, considero determinante, até para não gerar qualquer tipo de confusão, mencionar um outro aspecto. Uma coisa é depender, outra, bem diferente, é precisar e todos nós, sem excepção, precisamos uns dos outros. Por exemplo, dependo de mim para acabar de escrever este livro, mas não dependo de nenhuma editora para publicá-lo. Preciso que o façam, naturalmente, mas se não for uma, será a outra. Percebes a diferença? Podes ouvir o que te dizem porque estás a precisar de conversar, mas não tens de tomar nada do que ouves como uma verdade tua. Podes precisar da companhia de alguém, mas não tens de depender da presença eterna dessa pessoa.
Dependes de ti. Precisas dos outros.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/11/o-dia-da-independencia.html
domingo, outubro 28, 2012
ABRAÇA, SORRI E DÁ A MÃO
Encontro num abraço, a cápsula do tempo. Não deste tempo, de outros, em que sendo os mesmos éramos de aspecto diferente. O afecto proporciona-nos isso mesmo, viagens ancestrais, laços eternos e momentos que perduram. É a mais íntima das intimidades, a anos-luz do beijo e do sexo e, talvez por isso, a menos recorrente. Nem sempre te dás a conhecer quando beijas alguém e nem sempre te entregas na cama, mas num abraço, não há como não fazê-lo, és tu no teu todo. Naturalmente, refiro-me a verdadeiros abraços, àqueles, sem pancadinhas nas costas, em que os peitos estão um contra o outro e com o outro, onde deixa de existir passagem de ar entre os corpos e as almas acoplam. Este abraço é inesquecível. A corrente de emoções é tão forte que o amor se faz ali mesmo, quer estejamos sozinhos ou no meio de uma multidão.
O beijo e o sexo é uma coisa de corpos, alimentam o nosso apetite, o abraço é assunto da alma, via verde entre dimensões. No abraço temos, de facto, a oportunidade de conhecer, verdadeiramente, as pessoas, mas isso só acontece porque elas aceitam assumir a sua vulnerabilidade, o seu cansaço, as suas frustrações e todas as desilusões que lhes pairam na cabeça. Onde é que já se viu isso na cama? Não se vê. Porquê? Porque o ego não deixa. O abraço é, assim, uma espécie de confessionário, onde as pessoas se convertem aos outros e procuram ajuda, direcção e paz.
Queres, efectivamente, conhecer alguém? Abraça. Mas nem só de abraços se faz o afecto.
O afecto é a linguagem do silêncio e no silêncio mora tudo o que não cabe nas palavras. Um simples olhar pode alterar o estado de uma pessoa, pode levá-la a pensar que é aceite, que não está sozinha nem perdida, que afinal há vida para além da sua. Um sorriso tem o mesmo poder, mas é mais contundente. Promove a ação, a aproximação entre as pessoas, a curiosidade de conhecer. Dar a mão. Tantas vezes te falo nisso. Duas mãos abraçadas é sempre o princípio de qualquer coisa. Afinal de contas, tocamos primeiro com o que está mais à mão, certo? A energia que flui de uma mão para a outra consegue amenizar bloqueios, derrubar preconceitos, apaziguar medos e mergulhar a pessoa num mar de confiança, estima e segurança que jamais experimentara. Não me refiro à mão dada dos namorados, refiro-me, sim, àquela que vem de onde menos esperas e te diz para teres calma, para estares atento e que nada nem ninguém te fará mal.
O afecto é magia.
Tanto promove o reencontro das almas, como o encontro dos homens. É muito para lá da comunicação, mais intenso e verdadeiro, menos composto e confuso. É o que é e é tanto. Somos nós abraçados, de mão dada ou num cafuné, são os nossos olhos, o nosso sorriso. É o nosso silêncio, o lugar onde nos podemos redimir e ganhar coragem. O ponto de encontro com o melhor da vida.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/abraca-sorri-e-da-mao.html
O beijo e o sexo é uma coisa de corpos, alimentam o nosso apetite, o abraço é assunto da alma, via verde entre dimensões. No abraço temos, de facto, a oportunidade de conhecer, verdadeiramente, as pessoas, mas isso só acontece porque elas aceitam assumir a sua vulnerabilidade, o seu cansaço, as suas frustrações e todas as desilusões que lhes pairam na cabeça. Onde é que já se viu isso na cama? Não se vê. Porquê? Porque o ego não deixa. O abraço é, assim, uma espécie de confessionário, onde as pessoas se convertem aos outros e procuram ajuda, direcção e paz.
Queres, efectivamente, conhecer alguém? Abraça. Mas nem só de abraços se faz o afecto.
O afecto é a linguagem do silêncio e no silêncio mora tudo o que não cabe nas palavras. Um simples olhar pode alterar o estado de uma pessoa, pode levá-la a pensar que é aceite, que não está sozinha nem perdida, que afinal há vida para além da sua. Um sorriso tem o mesmo poder, mas é mais contundente. Promove a ação, a aproximação entre as pessoas, a curiosidade de conhecer. Dar a mão. Tantas vezes te falo nisso. Duas mãos abraçadas é sempre o princípio de qualquer coisa. Afinal de contas, tocamos primeiro com o que está mais à mão, certo? A energia que flui de uma mão para a outra consegue amenizar bloqueios, derrubar preconceitos, apaziguar medos e mergulhar a pessoa num mar de confiança, estima e segurança que jamais experimentara. Não me refiro à mão dada dos namorados, refiro-me, sim, àquela que vem de onde menos esperas e te diz para teres calma, para estares atento e que nada nem ninguém te fará mal.
O afecto é magia.
Tanto promove o reencontro das almas, como o encontro dos homens. É muito para lá da comunicação, mais intenso e verdadeiro, menos composto e confuso. É o que é e é tanto. Somos nós abraçados, de mão dada ou num cafuné, são os nossos olhos, o nosso sorriso. É o nosso silêncio, o lugar onde nos podemos redimir e ganhar coragem. O ponto de encontro com o melhor da vida.
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/abraca-sorri-e-da-mao.html
sábado, outubro 20, 2012
Valoriza-te!
"Se pensas que és o que fazes ou o que tens, estás longe de ser, verdadeiramente, alguma coisa e afirmo-o porque existe, de facto, uma enorme diferença entre o que somos e o resto. A diferença é tão gritante quanto perigosa e tão consciente como inconsciente. Quantas vezes já disseste que eras o teu trabalho ou a tua família? Que eras uma pessoa de sucesso porque tens determinados bens materiais ou que és filho deste ou daquela? Ou ainda que és a imagem que aparentas e o corpo mais apetecível do teu grupo de amizades? Tenho a certeza que já viveste, pelo menos, uma ou outra coisa deste género, mas, a verdade, é que nada disto é o que tu és e se continuares a pensar assim, garanto-te, mais tarde ou mais cedo, sentirás na pele a dor e a vergonha de um dia teres acreditado nisto.
Sempre que misturamos o que fazemos com o que somos ou quando assumimos que somos o que fazemos, e muitas vezes isto dá-se nas barbas da nossa inconsciência, corremos o risco de perder o controlo das nossa vidas. Começamos a viver à mercê de um conjunto de factores que não podemos dominar, sendo facilmente manuseados pela culpa, por marés de sorte ou de azar acabando por entregar a nossa vida ao acaso ou às escolhas dos outros. Este é o pior cenário onde podemos viver.
Acredita nisto: Tu és muito, mas muito, para além de tudo o que possas fazer.
Assim como és muito além de tudo o que possas ter, sejam bens materiais ou uma notável aparência física. O dinheiro compra e a estampa molda-se, mas tu nunca serás o valor da moeda nem a forma do teu corpo.
Tu, assim como eu, és um conjunto de valores."
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/valoriza-te.html
Sempre que misturamos o que fazemos com o que somos ou quando assumimos que somos o que fazemos, e muitas vezes isto dá-se nas barbas da nossa inconsciência, corremos o risco de perder o controlo das nossa vidas. Começamos a viver à mercê de um conjunto de factores que não podemos dominar, sendo facilmente manuseados pela culpa, por marés de sorte ou de azar acabando por entregar a nossa vida ao acaso ou às escolhas dos outros. Este é o pior cenário onde podemos viver.
Acredita nisto: Tu és muito, mas muito, para além de tudo o que possas fazer.
Assim como és muito além de tudo o que possas ter, sejam bens materiais ou uma notável aparência física. O dinheiro compra e a estampa molda-se, mas tu nunca serás o valor da moeda nem a forma do teu corpo.
Tu, assim como eu, és um conjunto de valores."
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/valoriza-te.html
terça-feira, outubro 16, 2012
Eu sei quem Sou e Tu sabes quem És?
"Quem sou Eu?
Achei de bom tom começar por mim. E faço-o, não pelo “eu” ser a primeira pessoa na conjugação de qualquer verbo, mas por sentir que na maioria das pessoas que conheço e com quem me costumo relacionar mora uma resistência enorme quando têm de falar bem de si mesmas. Parece que vivem com medo de afirmar e partilhar o mar de bondade e mérito que existe dentro delas.
E porquê?
Porque somos educados a olhar para os outros em primeira instância, porque nos dizem, desde pequenos, que somos maus a fazer isto ou que fizemos mal em ter dito aquilo, porque somos castigados demasiadas vezes e raramente carregados em ombros. A sociedade onde vivemos é de poucos elogios e o reconhecimento é, quase sempre, o último recurso. Ora se esta é a nossa forma de agir para com os outros, como seria se andássemos todos a falar bem de nós próprios e a enaltecer, constantemente, as nossas ações e as nossas convicções? Na minha opinião, seria fantástico! Emoções como a frustração, a desilusão a raiva e a culpa, desapareceriam rapidamente do mapa de muita gente. O autoelogio é, assim, uma ferramenta poderosíssima que temos ao nosso dispor e que deve conquistar o espaço da vergonha e da falsa modéstia. O que, dentro de poucas linhas, vais ler sobre mim representará um enorme desafio para ti. Irás julgar-me? Ou ficarás com uma vontade incontrolável de escrever algo semelhante a teu respeito? Cada um de nós é um hino, eu acredito nisso, por isso perdoem-me os mais conservadores e os preconceituosos, mas eu sou merecedor das próximas palavras.
Sou um pensador, um autodidata.
Alguém que não precisou de um curso superior, mestrado ou doutoramento nas áreas da medicina, psicologia ou sociologia para arriscar falar e escrever sobre a saúde, as pessoas, as relações e o mundo. Respeito quem os tem e admiro quem os alcançou com paixão, ainda assim, sempre privilegiei o cultivo da experiência e nunca a troco pelo que leio nos livros e leio muitos, muitos bons, tal como sempre preferi arriscar em detrimento de ficar sentado no sofá a ouvir alguém contar uma história que eu gostava de viver.
A minha filosofia de vida é a meritocracia.
Acredito no mérito e num sistema que premeie os merecedores. Numa ideologia que enfatize o talento, a competência, os valores e a qualidade das nossas escolhas em detrimento das classes sociais, etnias ou género.
Bem sei que o sufixo “cracia” sugere um sistema de governo, mas eu gosto mesmo é de levar isto para o lado pessoal e para a intimidade de cada um. O governo só pode comandar o destino das massas, nunca o do ser individual, pois uma nação é um conjunto de gente muito menos poderosa e mais passiva que uma qualquer pessoa por si só, assim ela o queira.
O meu mundo são as escolhas que, livremente, faço e nunca as que deliberam por mim.
Acredito que eu sou o único responsável pelo estado em que me encontro, que esse estado é o resultado da soma das minhas escolhas e que, por isso, mereço estar como estou e onde estou. Quando estou triste, frustrado ou desiludido, continuo a ser a única e principal causa da minha agonia, mesmo que tudo o que me tenha acontecido não tenha começado em mim. Eu sou responsável por conseguir aceitar, perdoar e amar e é este poder, que tomo como garantido em mim e que uso frequentemente na minha vida, que me faz sentir merecedor de tudo o que sou, de tudo o que conquisto e de tudo o que tenho.
Fiz de mim um homem do “Agora”, independente e curioso. Gosto de estar atento ao curso que cada um dá à sua vida, opinar, e colocar-me nas suas posições de forma a entender até onde lutam e a partir de onde se começam a vitimar. Sou, particularmente, interessado no estudo do comportamento humano, padrões, máscaras e histórias. Sou um homem de sonhos, de sonhos realizados. Objectivo e consciente, não vejo ninguém acima nem ninguém abaixo de mim. Vivo com a certeza maior de que temos todos o mesmo poder e que ninguém vive num estatuto inferior a não ser que assim se considere. Sou de perdoar facilmente e gosto de me rir com o que já me magoou. Sou humorado, de abraço fácil e muito comunicativo. Entrego-me com relativa facilidade a desconhecidos e tenho-me dado bem com isso. Sou um homem de verdade, acima de tudo para comigo. Respeito o meu passado e tenho-o lacrado em mim, pois ninguém, a não ser eu, o entenderia na perfeição. O meu presente reflete uma sucessão de boas escolhas e é, verdadeiramente, partilhado com as pessoas com as quais me identifico. Ao meu futuro não dedico muito tempo, gosto apenas de pensar que terei tempo para ser e fazer tudo o que quero ser e quero dar. Sou plenamente consciente dos meus valores e das minhas virtudes, dos aspectos a melhorar ( aquilo a que muitos chamam defeitos ) e da minha legítima inconsciência em relação a outras tantas coisas, que só um conjunto de novas experiências me poderá trazer mais e melhor entendimento.
Em suma, sou um homem feliz!"
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/eu-sei-quem-sou-e-tu-sabes-quem-es.html
Achei de bom tom começar por mim. E faço-o, não pelo “eu” ser a primeira pessoa na conjugação de qualquer verbo, mas por sentir que na maioria das pessoas que conheço e com quem me costumo relacionar mora uma resistência enorme quando têm de falar bem de si mesmas. Parece que vivem com medo de afirmar e partilhar o mar de bondade e mérito que existe dentro delas.
E porquê?
Porque somos educados a olhar para os outros em primeira instância, porque nos dizem, desde pequenos, que somos maus a fazer isto ou que fizemos mal em ter dito aquilo, porque somos castigados demasiadas vezes e raramente carregados em ombros. A sociedade onde vivemos é de poucos elogios e o reconhecimento é, quase sempre, o último recurso. Ora se esta é a nossa forma de agir para com os outros, como seria se andássemos todos a falar bem de nós próprios e a enaltecer, constantemente, as nossas ações e as nossas convicções? Na minha opinião, seria fantástico! Emoções como a frustração, a desilusão a raiva e a culpa, desapareceriam rapidamente do mapa de muita gente. O autoelogio é, assim, uma ferramenta poderosíssima que temos ao nosso dispor e que deve conquistar o espaço da vergonha e da falsa modéstia. O que, dentro de poucas linhas, vais ler sobre mim representará um enorme desafio para ti. Irás julgar-me? Ou ficarás com uma vontade incontrolável de escrever algo semelhante a teu respeito? Cada um de nós é um hino, eu acredito nisso, por isso perdoem-me os mais conservadores e os preconceituosos, mas eu sou merecedor das próximas palavras.
Sou um pensador, um autodidata.
Alguém que não precisou de um curso superior, mestrado ou doutoramento nas áreas da medicina, psicologia ou sociologia para arriscar falar e escrever sobre a saúde, as pessoas, as relações e o mundo. Respeito quem os tem e admiro quem os alcançou com paixão, ainda assim, sempre privilegiei o cultivo da experiência e nunca a troco pelo que leio nos livros e leio muitos, muitos bons, tal como sempre preferi arriscar em detrimento de ficar sentado no sofá a ouvir alguém contar uma história que eu gostava de viver.
A minha filosofia de vida é a meritocracia.
Acredito no mérito e num sistema que premeie os merecedores. Numa ideologia que enfatize o talento, a competência, os valores e a qualidade das nossas escolhas em detrimento das classes sociais, etnias ou género.
Bem sei que o sufixo “cracia” sugere um sistema de governo, mas eu gosto mesmo é de levar isto para o lado pessoal e para a intimidade de cada um. O governo só pode comandar o destino das massas, nunca o do ser individual, pois uma nação é um conjunto de gente muito menos poderosa e mais passiva que uma qualquer pessoa por si só, assim ela o queira.
O meu mundo são as escolhas que, livremente, faço e nunca as que deliberam por mim.
Acredito que eu sou o único responsável pelo estado em que me encontro, que esse estado é o resultado da soma das minhas escolhas e que, por isso, mereço estar como estou e onde estou. Quando estou triste, frustrado ou desiludido, continuo a ser a única e principal causa da minha agonia, mesmo que tudo o que me tenha acontecido não tenha começado em mim. Eu sou responsável por conseguir aceitar, perdoar e amar e é este poder, que tomo como garantido em mim e que uso frequentemente na minha vida, que me faz sentir merecedor de tudo o que sou, de tudo o que conquisto e de tudo o que tenho.
Fiz de mim um homem do “Agora”, independente e curioso. Gosto de estar atento ao curso que cada um dá à sua vida, opinar, e colocar-me nas suas posições de forma a entender até onde lutam e a partir de onde se começam a vitimar. Sou, particularmente, interessado no estudo do comportamento humano, padrões, máscaras e histórias. Sou um homem de sonhos, de sonhos realizados. Objectivo e consciente, não vejo ninguém acima nem ninguém abaixo de mim. Vivo com a certeza maior de que temos todos o mesmo poder e que ninguém vive num estatuto inferior a não ser que assim se considere. Sou de perdoar facilmente e gosto de me rir com o que já me magoou. Sou humorado, de abraço fácil e muito comunicativo. Entrego-me com relativa facilidade a desconhecidos e tenho-me dado bem com isso. Sou um homem de verdade, acima de tudo para comigo. Respeito o meu passado e tenho-o lacrado em mim, pois ninguém, a não ser eu, o entenderia na perfeição. O meu presente reflete uma sucessão de boas escolhas e é, verdadeiramente, partilhado com as pessoas com as quais me identifico. Ao meu futuro não dedico muito tempo, gosto apenas de pensar que terei tempo para ser e fazer tudo o que quero ser e quero dar. Sou plenamente consciente dos meus valores e das minhas virtudes, dos aspectos a melhorar ( aquilo a que muitos chamam defeitos ) e da minha legítima inconsciência em relação a outras tantas coisas, que só um conjunto de novas experiências me poderá trazer mais e melhor entendimento.
Em suma, sou um homem feliz!"
in "Arrisca-te a Viver", 2012
Fonte: http://gustavosantosescritor.blogspot.pt/2012/10/eu-sei-quem-sou-e-tu-sabes-quem-es.html
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