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terça-feira, dezembro 10, 2024

Como cultivar resiliência em tempos difíceis.

Podemos cultivar a resiliência por meio das práticas de atenção plena e compaixão. Podemos traçar caminhos de maior clareza, coragem e compaixão por meio da prática. As cinco etapas abaixo ajudam-nos a enfrentar emoções difíceis, centralizar-nos novamente e encontrar a calma. Essas etapas não precisam ser executadas perfeitamente. Pense na direcção, não no destino. A chave é a prática. 1. Dê um nomes para domesticá-las (As emoções). É útil lembrar que as nossas emoções estão aqui por um motivo. Frequentemente, servem como alarme de fumaça, informando-nos sobre um incêndio iminente. Quando ignoramos ou reprimimos as nossas emoções, isso pode levar a problemas maiores. A atenção plena ensina uma maneira diferente de gerir emoções difíceis: reconhecer e nomear o que sentimos. Isso é chamado de “nomeie para domesticá-lo”. A pesquisa mostra que quando reconhecemos e nomeamos as nossas emoções, isso permite que o corpo se acalme fisiologicamente. Nomear uma emoção mete travões na sua reacção, desregula o sistema nervoso e permite que veja com clareza. 2. Dê boas-vindas às suas emoções. As emoções têm um período de tempo limitado, normalmente durando apenas trinta a noventa segundos. Eles surgem, dançam e desaparecem, como as ondas do oceano. Quando lembramos que esse sentimento doloroso não durará para sempre, ele torna -se mais controlável. Através da prática, podemos aprender a acolher todas as nossas emoções com uma atitude de bondade e curiosidade. Isso envolve interessar-se pela emoção e pela experiência sentida no corpo. Por exemplo, pode sentir tristeza como um aperto na garganta ou medo como uma contração na barriga. Todas as emoções têm uma assinatura no corpo. 3. Seja gentil consigo mesmo A autocompaixão não é a nossa resposta típica quando enfrentamos um desafio, cometemos um erro ou sentimos dor. Muitas vezes, em vez de bondade, julgamos, envergonhamos e criticamos a nós mesmos. Mas o autojulgamento e a vergonha não ajudam. Na verdade, eles desligam os centros de aprendizagem do cérebro e inibem a nossa capacidade de curar, mudar e crescer. O antídoto é a autocompaixão, aprendendo a trazer bondade para a nossa dor. A maneira mais fácil de praticá-lo é tratar a nós mesmos como trataríamos um amigo querido que enfrentasse uma situação semelhante. A disposição de enfrentar a dor em nós mesmos e na vida exige muita coragem. Ao praticarmos a autocompaixão, aprendemos não apenas a crescer a partir de nossas próprias lutas e tristezas, mas também a nos ligar com o sofrimento dos outros. 4. Reconhecer a nossa humanidade comum É natural sentir medo e opressão em determinado momento. Não estamos sozinhos nos nossos sentimentos. Há muitos outros neste momento em todo o mundo que também estão assustados e oprimidos. À medida que reconhecemos a nossa humanidade comum, o nosso isolamento começa a diminuir e compreendemos que estamos todos juntos nisto. Pode ser útil enviar compaixão a si mesmo e a todas as outras pessoas que estão sofrendo. 5. Prática, não tem de ser perfeita. O quinto passo é perceber que não executará nenhum dos primeiros quatro passos perfeitamente. Não se trata de perfeição. É uma questão de prática. Pequenas mudanças levam a grandes mudanças. Na verdade, uma das descobertas mais importantes da ciência do cérebro – a neuroplasticidade – mostra que o cérebro tem a capacidade de fazer novas conexões neurais ao longo da vida. Esta é uma mensagem muito esperançosa porque significa que todos nós temos a capacidade de mudar, curar e crescer. A perfeição não é possível, mas a transformação é. Adaptado do texto original da Shauna Shapiro. Fonte: https://portaldobudismo.wordpress.com/2024/11/21/como-cultivar-resiliencia-em-tempos-dificeis/

quarta-feira, abril 12, 2017

9 Ensinamentos do Budismo para uma vida leve

O Budismo dá lições importantes para quem deseja viver melhor. Um dos principais ensinamentos dessa filosofia milenar é: a felicidade está dentro de nós e não nas coisas materiais.

“Hoje, o nosso foco está muito virado para o mundo externo e esquecemo-nos de cuidar da nossa mente, que, ao contrário do corpo, não tem limites”, diz a monja Mudita, do Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi. Segundo ela, para viver de maneira leve é preciso parar, respirar e reflectir sobre os próprios sentimentos. Faça isso sempre que estiver vivendo um momento menos bom. De seguida, nove ensinamentos de Buda que podem melhorar muito a sua vida!

1. CONTROLE A SUA MENTE

A felicidade e o sofrimento não estão nas coisas em si, mas na forma como nos relacionamos com elas, diz a monja Mudita. Quando está serena, nada a tira do sério. Segundo o Budismo, pensar de maneira mais positiva manda os problemas para longe.

2. OLHE AO REDOR COM AMOR

Tudo depende das pessoas para existir: até mesmo a cadeira que a deixa mais confortável. É preciso olhar para o outro sabendo que, com certeza, ele fez algo de bom. Isso faz-nos perceber que vivemos numa imensa rede de bondade, respeito e amor!

3. SEJA DONA DA SUA FELICIDADE

Quando temos boas acções, plantamos sementes que vão florescer em felicidade. O mesmo se aplica às acções negativas. Devemos perceber que somos portadoras da própria felicidade. Isso nos faz reflectir antes de agir, pensar e falar.

4. ALEGRE-SE PELOS OUTROS

Quem nunca invejou a sorte da amiga que ganhou uma promoção no trabalho? Tente reverter esse sentimento. “Buda diz que alegrar-se com a felicidade do outro faz com que tenha essa felicidade no futuro também”, afirmou a monja.

5. PRATIQUE O DESAPEGO

Uma das principais lições do Budismo é praticar o desapego. “O apego é uma mente egoísta que faz pensar só em si mesma e não no outro, além de gerar sofrimento caso perca o que tanto estima”, fala Mudita.

6. VIVA CERCADA DE GENTE DO BEM

Tenha por perto amigos que fazem florescer o seu lado bom. E não deixe que gente stressada a faça perder a fé na vida. “Deseje o bem a elas e peça que consigam libertar-se desse estado negativo”, ensina Mudita.

7. SÓ VÁ ATÉ ONDE DER

Segundo a monja, é importante buscar locais que a deixem confortável e feliz. Por que arriscar-se num parque de diversões se os brinquedos causam medo em si? “É preciso descobrir o que nos faz bem ou não”, explica. Não tenha dúvidas de que respeitar os seus limites deixará mais leve!

8. ELIMINE A RAIVA DA SUA VIDA

Enquanto a sua mente estiver tomada pela raiva, será difícil encontrar a felicidade. O Budismo ensina a aprimorar a virtude da paciência, da compaixão e do amor. Assim, não haverá espaço para esse sentimento.

9. CONTROLE AS SUAS EXPECTATIVAS

Manter os pés no chão é um bom caminho para viver melhor: quem tem muitas expectativas tem mais oportunidade de sentir frustação, o que gera sofrimento. Viva em equilíbrio e deixe a vida fluir. “Tudo é impermanente neste mundo”, diz Mudita. Um “não” agora pode transformar-se num “sim” amanhã.

Fonte: mdemulher / https://portaldobudismo.org/2017/02/21/9-ensinamentos-do-budismo-para-uma-vida-leve/

quinta-feira, agosto 04, 2016

CHAVES PARA O AUTOCONHECIMENTO E A CURA-Uma visão budista que pode mudar a sua vida





A iluminação de Buda ao enfrentar seu ego
“Buda” é um título dado na Filosofia Budista para àqueles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos daquilo que chamamos de realidade e se puseram a divulgar tal descoberta aos demais seres.
Siddhartha Gautama, foi um príncipe da região do atual Nepal, buscador da verdade, e eventualmente tornou-se um professor espiritual daquilo que ele havia re-descoberto em si mesmo. É popularmente conhecido como O Buda, que significa “aquele que despertou”. Seus ensinamentos deram origem ao budismo, mas ao contrário do que muitos pensam, ele não é o fundador do mesmo. Nas palavras do próprio Buda, como é dito através do Sutra do Diamante:
Nunca pense que eu acredito que devo estabelecer um sistema de ensino para ajudar as pessoas a entenderem o caminho. Nunca divida tal pensamento. O que eu proclamo é a verdade como eu descobri. Um sistema de ensino não tem nenhum significado, porque a verdade não pode ser quebrada em pedaços e ser disposta em um sistema.
Existe muita discussão sobre se o budismo é uma religião ou é uma filosofia. Pode ser considerado ambos, pois o termo religião vem do latim “religare“, que significa “religação”, e a religação com a nossa essência é uma das buscas dos budistas. Outro pronto é que em qualquer religião há filosofia, mas a diferença é que no budismo é transmitida a idéia de que não devemos nos apegar a crenças, no sentido de não nos atermos apenas a elas. Além do mais é uma religião não-deísta, ou seja, não tem como base em suas estruturas nem narrar a formação do mundo, nem apresentar seres superiores e buscar favores deles ou sequer entender esse Deus ou deuses, simplesmente por que não temos como conhecer tudo.O budismo poderia também ser melhor descrito como uma ciência da mente, assim como a psicologia, já que busca compreender nossos processos mentais, e como podemos aprender a lidar com eles e até mesmo transcender o controle que alguns processos tem sobre nós.
Muitos dos que rotulam o budismo como sendo uma religião igual a qualquer outra, são pessoas que se dizem ateus, mas que na realidade são anti-religião, onde ao ligarem-se demais ao materialismo das coisas não conseguem vislumbrar a profundidade daquilo que eles não compreendem de maneira intelectual.
Simbologia das histórias
É importante entender que não se deve interpretar literalmente as histórias de Buda, assim como a deJesus e Krishna, pois elas são muitas vezes representações metafóricas de processos mentais. Também ocorre que quando se deseja expressar alguma idéia complexa de ser explicada usando as palavras, é preciso usar símbolos que as pessoas possam entender, ou pelo menos ajudá-las a ter uma noção do que se está falando.Uma curiosidade interessante relacionada ao assunto é o fato do personagem principal da “Trilogia Matrix “, Neo (One = Um), ser uma referência evidente ao Buda, devido a história do personagem ter diversas semelhanças, como a busca pela iluminação, a idolatria que o povo de Zion tinha por ele, na esperança de uma libertação, no final do filme Neo percebe que ele é um com a Fonte ao integrar o Agente Smith(que representa o Ego, ou a Sombra de Neo) em si mesmo.
O ator que interpreta o Neo, Keanu Reeves, também interpreta Sidhartha em um filme de 1993, “O Pequeno Buda”(Filme completo no final do artigo). No segundo filme “Matrix: Reloaded”, Neo encontra o Arquiteto, o criador da ilusão, algo parecido acontece no filme “O Pequeno Buda”, Buda encontra seu “falso eu”(a identificação com a forma, o ego) e chama-o de “arquiteto” também.
Ego pode significar muitas coisas: Algumas pessoas usam para se referir ao lado “problemático” da mente, aquele que sucumbe facilmente à ganância, gula, luxúria, ódio, preguiça, inveja e vaidade/orgulho. Sigmund Freud veio com um novo conceito sobre o ego, como sendo a identificação com determinado processo da mente, que seria a objetificação do “Eu”. Carl Jung usou para definir a estrutura da mente humana, a qual se encontra dentro de uma estrutura maior.
Quando vemos o ego como algo “problemático” o que sentimos imediatamente é a vontade de separá-lo, excluí-lo, mas isso só ira gerar mais conflito. O ego não é um inimigo, a não ser que você faça ele um. É apenas um processo mental, o qual valorizamos muito mais do que outros, e com isso acabamos por dar boa parte do nosso poder para essa parte de nossa mente nos controlar. O que precisamos fazer é tomar consciência da estrutura mental que construirmos, e podemos fazer isso de maneira eficiente  através auto-observação, ou qualquer observação na verdade, pois é essa a nossa essência, O Observador. Isso que é transcender o ego, não é destruí-lo, mas compreender porque ele existe, e usa-lo com sabedoria. E ninguém pode fazer isso por você, você precisa entender isso por si mesmo, o máximo que as pessoas podem lhe fazer é dar exemplos e destacar alguns pontos, mas você que precisa conectá-los.
Nas palavras de Lao Tzu: “A verdade não pode ser dita, se for dita, não é a verdade”.O Budismo é uma das religiões mais antigas ainda praticadas e uma que tem mais seguidores, cerca de 200 milhões de pessoas no mundo. Enquanto alguns preferem se referir ao Budismo mais como uma filosofia de vida do que uma religião.
De uma forma ou de outra, o que tem permitido esta filosofia / religião sobreviver ao longo do tempo e continuar ganhando popularidade são suas mensagens simples e cheias de sabedoria que pode realmente melhorar nossas vidas diárias. Na verdade, não é necessário abraçar o budismo para colher os benefícios que ele pode nos oferecer. Basta manter uma mente aberta e o coração disposto.
1. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
Nós tendemos a pensar que reagimos aos eventos que trazem consigo a semente de tristeza ou da alegria, mas, na verdade, reagimos ao que os fatos significam para nós. Nós só podemos sofrer por aquilo a que demos importância. Portanto, para evitar sofrimento desnecessário, por vezes, apenas um passo para trás, desanexar emocionalmente e ver as coisas de outra perspectiva. É difícil, mas com a prática você aprende. Na verdade, uma outra frase budista nos mostra o caminho: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos; É fundada em nossos pensamentos e é feito de nossos pensamentos. “
2. Alegrai-vos porque em toda parte é aqui e tudo é agora.
Muitas vezes perdemos a vida enquanto estamos amarrados ao passado ou preocupados com o futuro. No entanto, o budismo nos ensina que temos apenas o aqui e agora. Portanto, devemos aprender a estar totalmente presentes, para desfrutar de cada momento como se fosse o primeiro e o último. Não mergulhar no passado ou sonhar com o futuro, se concentrar no momento presente, porque é onde você vai encontrar as chaves para a felicidade.
3. Tenha cuidado com o exterior, bem como seu interior, porque tudo é um.
Somos uma unidade física e espiritual, mas muitas vezes nos esquecemos. Às vezes nos preocupamos muito sobre como cuidar do corpo e esquecemos a alma, enquanto em outras vezes nos preocupamos muito com nosso equilíbrio psicológico e negligenciamos aspectos importantes, tais como dieta e exercícios. No entanto, para encontrar um estado de bem-estar verdadeiro é imperativo que a mente e o corpo estejam equilibrados.
4. Melhor usar pantufas do que tentar colocar tapete no mundo.
Às vezes, ou porque superestimamos nossas forças ou porque não estamos cientes da magnitude da situação, estabelecemos metas que vão além de nossas capacidades. Em seguida, geramos um estresse desnecessário. No entanto, para encontrar a paz interior, é importante estar ciente de nossas forças e nossa dose de recursos, e qualquer caminho tem que começar de nós mesmos, antes de mudarmos o que não gostamos no mundo, mudemos o que não gostamos em nós mesmos.
5. Não ferir os outros com o que causa dor a si mesmo.
Esta é uma das máximas do budismo que, se aplicada ao pé da letra, estaríamos praticamente eliminado todas as leis e preceitos morais. No entanto, esta frase budista vai além do clássico “não faça aos outros o que você não quer fazer para você”, pois envolve, acima de tudo, uma profunda compreensão de nós mesmos e, uma grande empatia para outros.
6. Não é mais rico quem tem mais, mas quem precisa menos.
Apesar de não estarmos conscientes disso, o nosso desejo de mais, seja no material ou emocional, é a principal fonte de nossas preocupações e desapontamentos. Quando aprendemos a viver com pouco e aceitando tudo que a vida nos oferece no momento, podemos alcançar uma vida mais equilibrada e reduzir a tensão e stress. Entender que já temos todo necessário para atingir a paz interna e felicidade é um ensinamento que traz tranquilidade na caminhada e evita a ansiedade e desgaste incessante de sempre achar que a felicidade está logo ali na frente, mas nunca aqui.
7. Para entender tudo, é preciso esquecer tudo.
Quando somos pequenos, estamos abertos à aprendizagem, não temos ideias preconcebidas. No entanto, à medida que crescemos nossa mente está cheia de condicionamentos sociais que nos diz como as coisas devem ser, como devemos nos comportar e até mesmo o que pensar. Estamos tão imbuídos nesse contexto que não percebemos que nossa mente se tornou uma caixa muito estreita que nos aprisiona. Então, se você quer mudar e ver as coisas de outra perspectiva, o primeiro passo é se separar das crenças e estereótipos que o mantem amarrado. Neste sentido, uma outra frase budista nos ilumina: “No céu, não há distinção entre o leste e o oeste, são as pessoas que criam essas distinções em sua mente e depois pensam que são verdadeiras“.
8. O ódio não diminui ódio. O ódio diminui com o amor.
Gerar violência, raiva produz ressentimento. É algo que quase nunca aplicamos quando nos envolvemos em discussões nas quais somos guiados por nossas emoções mais negativas, respondemos às críticas com outro comentário e um ataque ainda mais forte. No entanto, o ódio só gera ódio, a única maneira de contrariar o seu efeito é o de proporcionar amor, respondendo com emoções positivas. Não se apaga fogo com mais fogo.
9. Dê, mesmo se você tiver muito pouco para dar.
Esta é uma das mais antigas frases budistas, e algumas pesquisas na área da psicologia positiva mostraram que a gratidão e a entrega é um dos caminhos que conduzem à felicidade. Não é sobre dar com intuito de receber algo, mas dar motivado pelo prazer que sente ao ajudar alguém.
10. Se você pode apreciar o milagre que mantém uma única flor, toda sua vida vai mudar.
Nesta frase budista o segredo da mudança está fechado: aprender a valorizar cada coisa e cada pessoa por aquilo que ele é: um milagre único e irrepetível. Quando aprendemos a não criticar, mas aceitar e se maravilhar com as menores coisas que nos rodeiam, nossa vida vai mudar porque estamos deixando aberta a gratidão, a curiosidade e a alegria. Pelo contrário, se pensarmos não há nada de especial sobre as pequenas coisas e estamos no topo do mundo, não apenas estamos fechando a beleza, mas também para a aprendizagem e crescimento. Se você não pode apreciar o milagre que envolve uma flor, é que você está morrendo por dentro. O que resume bem esse ensinamento é um post que já fizemos aqui sobre a visão da abelha e da mosca.
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CONCLUSÃO E NOTA DO BLOG
Temos seguido silenciosos, hesitantes e algumas vezes  desanimados, sem aparentemente nenhuma esperança por qualquer tipo de mudança. Podemos estar, neste ponto, tão distantes da esperança, que a esperança não é mais algo que possamos encontrar com tanta facilidade. Mas ainda assim, isto é simplesmente uma manifestação de nosso atual estado, e este estado é somente temporário.Pequenos vislumbres de esperança podem ter encontrado o seu caminho para nós sómente  á pouco tempo; Um sentimento novo e estranho para muitos de nós. As coisas estão melhorando e já podemos sentir que estamos  nos tornando mais fortes e nos conectando com o novo a cada dia.Podemos estar certos de que estamos sendo cuidados e protegidos. Fizemos progressos e uma maior conscientização de coisas boas estão ocorrendo. Ao mesmo tempo, nós também estamos nos desligando de nossos espaços normais. A desconexão pode chegar de várias formas. Podemos ter os nossos celulares apresentando algum defeito, ou agindo de forma diferente do normal e podemos nos encontrar desconectados de nossos antigos lares e relacionamentos por estranhas razões, ou podemos até ter os membros de nossa família distantes de nós,íntimamente.Seja qual for o processo, estamos nos desconectando de muita coisa, a fim de nos prepararmos para a Grande Reestruturação que logo irá ocorrer.Assim que estivemos livres por algum tempo de todos esses laços antigos que não nos servem mais, nós então nos reconectamos, e isto tem chegado periódicamente  na forma de ondas de grande explosão solar que alcançaram a Terra este ano e seus efeitos puderam ser sentidos (especialmente para os mais sensíveis) por vários dias. Elevamo-nos como um todo para um espaço inteiramente novo. Desta maneira, tivemos uma grande limpeza e nos purificamos os nossos espaços e muito mais, enquanto ao mesmo tempo, tocamos muito profundamente no novo e o ancoramos. E porque fizemos tanto progresso em relação a retirarmos as camadas através da ascensão, fomos literalmente esvaziados e por isso muitos ainda não estão centrados em novos patamares e outros estão ainda sem ter as coisas muito claras,mas sabendo que algo está mudando vertiginosamente.Para aqueles que estavam em primeiro plano e para aqueles em que restaram menos camadas, este esvaziamento foi muito doloroso. Especialmente para o corpo físico. Lembremo-nos que os mais depertos foram básicamente “preparados antes” por mais tempo do que  a maioria , assim estes tipos de eventos os atingiram em níveis bem mais profundos do que a maioria. Tivemos que ancorar e ter essas novas energias da nova realidade retidas. Assim, ainda que possamos ter sentido alguns vislumbres de esperança pouco antes, estes eventos recentes em nós e no planeta, estão servindo para consolidar a nossa nova realidade e os novos degraus que recentemente encaixamos. Desta forma, depois que estes eventos começar a enfraquecer seus efeitos, iremos nos sentir muito, muito mais fortes do quenunca.Mas há ainda mais. Sempre que entramos em um espaço de vibração mais elevada, as energias mais densas e mais escuras são desalojadas. Desta maneira, elas não têm nenhum lar; Elas não sabem para onde ir e agora se encontram expostas à luz; e quando elas começam a entrar em pânico, todo a “energia escura” pode ser liberta.Devemos nos lembrar de que não há realmente nenhuma escuridão, certo ou errado e nem bom ou mau, mas simplesmente energias que vibram em níveis diferentes. E tudo real e simplesmente, apenas È. Nestas novas energias, nós reconhecemos, aceitamos, reverenciamos e amamos profundamente. É o amor que realiza a cura. Precisamos sómente resplandecer a luz e oferecermos amor, ou se estivermos muito esgotados e exauridos, precisamos simplesmente “ser”, confiarmos, aceitarmos e deixarmos ir.
EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL
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Divulgação: A Luz é Invencível
Fonte:https://portal2013br.wordpress.com/2016/05/17/chaves-para-o-autoconhecimento-e-a-cura-uma-visao-budista-que-pode-mudar-a-sua-vida/

terça-feira, julho 26, 2016

terça-feira, julho 12, 2016

sexta-feira, maio 20, 2016

domingo, maio 01, 2016

quarta-feira, abril 13, 2016

terça-feira, junho 02, 2015

11 razões para sorrir


11 razões para sorrir

by portaldobudismo
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Uns são mais extrovertidos, outros mais taciturnos, mas todos devemos sorrir um pouco… Nem que seja para o bem da nossa saúde.
O site Huffington Post fez uma lista das 11 razões por que deve sorrir, mesmo quando não lhe apetece.
1)    Faz bem ao humor: A nossa expressão facial não só mostra aos outros como nos sentimos, como influencia a nossa forma de estar e o nosso humor. Estudos recentes citados pelo mesmo site norte-americano explicam que “mostrar sentimentos positivos – ou suprimir os negativos – através das expressões faciais ajuda-nos a interiorizar” esses mesmos sentimentos.
2)    Os ‘sorrisos falsos’ também contam: Alguns investigadores afirmam que apenas um sorriso genuíno traz benefícios para a saúde. No entanto, outros cientistas defendem que até um sorriso forçado pode deixar-nos felizes. Basta haver uma contracção dos músculos faciais para o cérebro reagir como se se tratasse de um momento de felicidade, explica o estudo do especialista em expressões faciais Paul Ekman, citado pelo site da Forbes.
3)      Ajuda a reduzir o stress: Um estudo de 2012, publicado no jornal Psychological Science e realizado por cientistas da University of Kansas, explica que sorrir pode ajudar a reduzir os níveis de stress. Os investigadores pediram a 170 pessoas que colocassem ‘pauzinhos’ na boca, de forma a criarem vários tipos de sorrisos – uns mais expressivos do que outros – após terem realizado tarefas ‘stressantes’. Comparando com os voluntários que se mantiveram ‘neutros’, o estudo revelou que as pessoas que sorriam mais mostravam um abrandamento do ritmo cardíaco e uma redução nos níveis de stress.
4)     Torna-nos mais acessíveis: Um estudo de 2004, realizado pela Penn State University, mostra que a partilha de sorrisos no local de trabalho (no que diz respeito apenas ao atendimento ao público) influencia a opinião dos que nos rodeiam (de uma forma positiva, claro). Os empregados que sorriem mais são considerados mais simpáticos, fazendo com que os clientes se sintam mais à vontade e gostem mais do atendimento e do estabelecimento em si. Os investigadores perceberam também que os trabalhadores que sorriem mais são os mais competentes.
5)    Torna-nos mais dignos de confiança: Numa investigação realizada na University of Pittsburgh, os psicólogos exploraram a ligação entre os níveis de atracção de uma modelo, a intensidade do seu sorriso e a confiança que os outros depositavam nela. Um grupo de voluntários avaliaram 45 modelos com base nestes parâmetros e a conclusão é simples: Aquelas que sorriam mais conquistaram mais facilmente a confiança de quem as avaliava.
6)    Ajuda a ser mais positivo: O cérebro tem tendência para pensar de uma forma negativa, de forma a lidar melhor com o inesperado. No entanto, o acto de sorrir ajuda a mente a reagir de uma forma mais positiva aos acontecimentos. Segundo Shawn Achor, autor do livro The Happiness Advantage, sorrir todos os dias ajuda o cérebro a criar ‘picos’ de felicidade, o que o encoraja a ter mais pensamentos positivos. “Para se ser feliz (…) é preciso que o nosso cérebro ‘treine’ como um atleta”, afirma.
7)    É contagioso: Parece uma coisa má, mas não é. De acordo com o neurocientista Marco Iacoboni, todos nós possuímos neurónios espelho, um neurónio que ‘dispara’ quando realizamos alguma acção, bem como quando vemos alguém a realizar exactamente o mesmo acto. No caso dos sorrisos, as pessoas têm tendência para, sem se aperceberem, imitar alguém quando a vêem sorrir. “Quando vejo alguém a sorrir, tenho tendência para fazer o mesmo, o que vai iniciar uma ‘cascata’ de actividades cerebrais que estão normalmente associadas ao sorriso”, explica.
8)    Fortalece o corpo: Segundo a bioquímica e artista Sondra Barrett, sorrir ajuda a libertar a tensão do corpo ao nível celular. No seu livro Secrets of Your Cells, Sondra explica como as células conseguem distinguir entre as situações mais seguras e as de perigo, resolver os problemas e criar uma sensação de equilíbrio. Para além disso, a autora defende que os pensamentos têm um impacto directo na reacção celular. “Quando sorrimos, reduzimos a rigidez das células. Este relaxamento físico ajuda a combater a mutação celular provocada pelo stress, que pode levar ao desenvolvimento de vários tipos de cancro”, lê-se no Huffington Post.
9)    Torna-nos mais produtivos: Um grupo de investigadores descobriu que ser feliz tem um impacto na nossa produtividade no trabalho. E, segundo o estudo publicado no jornal do Economic Research Institute da University of Warwick, os sentimentos positivos são revigorantes e os negativos ‘deitam-nos abaixo’, influenciando assim a produção laboral.
10)    Torna-nos mais criativos: Um estudo realizado em 2013 na University of California explorou a ligação entre o sorriso e a criatividade nos homens e chegou à conclusão que aqueles que são mais infelizes abordam os problemas de uma forma mais compreensiva, tendo uma maior habilidade para arranjar soluções para as questões em causa. Os cientistas afirmam que esta ligação está relacionada com a libertação de dopamina, um neurotransmissor que se envolve nos processos de aprendizagem e de tomada de decisão.
11)    É gratuito: Não custa absolutamente e só traz benefícios. Que tal ‘espalhar’ alguns sorrisos por aí? Só lhe vai fazer bem.
Fonte: Sol

quarta-feira, novembro 12, 2014

Técnicas de Meditação Budista

A Motivação
Quando nos sentamos para começar uma sessão de prática e examinamos o nosso espírito, por vezes surpreendemo-nos por descobrir que ele está espontaneamente positivo. Noutros momentos achamos por bem agir, já que a disposição interior não é verdadeiramente positiva. Acontece ainda que o espírito pode dispersar-se num estado nem positivo nem negativo. A deixá-lo vaguear à sorte, não surtirão efeitos nem positivos nem negativos, só perdemos tempo e energia.
Observar regularmente o seu espírito para registar a sua orientação é um hábito a adquirir, mesmo fora de toda a prática espiritual. Obteremos assim, pouco a pouco, uma abertura autêntica, permitindo ter uma atitude construtiva em todas as circunstâncias. Uma tal disposição revela-se preciosa na vida quotidiana. Ao contrário, um espírito negativo faz nascer tensões que acabam por perturbar a comunicação, seja em família ou na vida profissional e social.
Tudo está estreitamente ligado à perspectiva que escolhemos adoptar. Com um estado de espírito positivo, podemos transformar todas as suas actividades. Mesmo as tarefas fastidiosas tornam-se interessantes, e as tensões interiores que elas ocasionavam antes desaparecem…
No princípio, é preferível sentarmo-nos para habituarmo-nos a tomar consciência da inclinação do nosso espírito. Quando despejamos água lamacenta num recipiente, é preciso deixar decantar para que ela reencontre a sua limpidez. Estando alguns instantes tranquilos e sem tensões, vemos melhor em nós mesmos. Com tempo, essa faculdade torna-se natural. Consciente sem demora do que se passa no espírito, não nos deixamos mais ser assaltados por sentimentos negativos ou por sonhos inúteis que não se realizam nunca.
É preciso um ambiente especial para fazermos acalmar o nosso espírito e observar a sua atitude? Todos nós sabemos que é muito difícil encontrar um lugar solitário e sagrado. Na realidade, a casa, o escritório ou o carro são também lugares propícios. Onde quer que estejamos, o importante é consagrar alguns minutos a este exercício. Tiraremos proveito dos mais pequenos instantes. A calma irá estabelecer-se gradualmente, para tornar-se habitual, depois natural. O exame da motivação faz-se então de maneira espontânea, mesmo em plena actividade, o que é precioso se temos intenção de pisar terrenos férteis em conflitos como o trabalho e a família; aí onde outrora o espírito teria sido solicitado em várias direcções, será mais fácil ficar calmo e construtivo.
Postura e Respiração
Para funcionar, o espírito apoia-se nas energias mais ou menos perceptíveis que circulam nos canais físicos ou subtis, consoante o caso. No Tibete, nós comparamos a energia a um cavalo selvagem e cego montado por um cavaleiro inteligente mas deficiente… Uma postura correcta mantém os canais direitos e permite que a energia circule livremente e sem choques. Expulsar o ar viciado e desfazer os bloqueios alojados nos canais grosseiros e subtis purifica o corpo e o espírito, que reencontram assim um equilíbrio harmonioso.
A postura de meditação budista em sete pontos
A utilidade desta postura é extensamente explicada nos textos sobre os diferentes yogas. Mas sucintamente, o objectivo é permitir aos elementos subtis nos diferentes centros do corpo que recuperem o seu equilíbrio.
# As pernas estão na posição de lótus ou de vajra (cruzadas uma sobre a outra) ou na posição dita do bodhisattva (cruzadas uma à frente de outra).
# A coluna vertebral é mantida direita como uma flecha.
# Os ombros estão puxados para trás, « como as asas dum abutre ».
# As palmas das mãos estão postas sobre os joelhos; ou ainda, a mão direita repousa dentro da mão esquerda ao nível do umbigo, as palmas das mãos viradas para cima com a extremidade dos polegares em contacto.
# A língua, nem enrolada nem crispada, repousa confortavelmente contra o palato;
# Os olhos podem estar abertos ou fechados.
# No caso presente, deixamo-los numa posição perfeitamente natural, nem fechados, nem encarquilhados;
# A cabeça não deve pender nem para trás nem para a frente: o pescoço deve estar direito e o queixo ligeiramente para dentro, de forma a manter a coluna direita.
# Cada ponto desta postura tem a sua importância. Por exemplo, pousar as palmas das mãos sobre os joelhos, ou pousá-las uma sobre a outra ao nível do umbigo, equilibra as energias físicas e estabiliza o espírito. Com efeito, cada um dos principais centros do corpo, ou chakras, está relacionado com um dos cinco elementos: a água, o fogo, a terra, o vento e o espaço (que chamamos por vezes de metal ou madeira). É suficiente tocar em vários sítios do corpo para nos apercebermos de que certas zonas são mais quentes que outras. Isso indica que as energias se parecem consigo mesmas em pontos particulares do corpo.
Expulsar o ar viciado
No exercício que se segue, trata-se de, durante a expiração, expulsar todas as energias perturbadas pelas acções negativas (uma acção pode ser física, verbal ou mental) praticadas sob a influência dos cinco venenos (4). O ar expirado drena também os bloqueios físicos ou mentais que daí resultam, fontes de irritação, de tensões e de reacções agressivas. As cinco «emoções perturbadoras» tornam-se de facto em energia e alteram a saúde, a paz mental e o ambiente circundante.
Adoptem a postura em sete pontos, as palmas das mãos pousadas sobre os joelhos. Apoiem a extremidade do polegar na base do anelar de cada mão, e mantenham uma ligeira pressão, o que terá por efeito converter a energia negativa em energia positiva. Depois, inspirando normalmente, levem a mão direita à cara, tapando a narina esquerda com a extremidade do anelar e expirando pela narina direita, enquanto abrem a mão esquerda pousada sobre o joelho esticando os dedos. Enquanto expiram, considerem que estão a expulsar todas as energias poluídas pelo ódio e pela agressividade. Pensem que libertam assim os bloqueios em todo o corpo, e que todos os nós subtis se desfazem.
Repousar a mão direita sobre o joelho e, durante a inspiração, levantar a mão esquerda. Tapar a narina direita com a extremidade do anelar. Com os polegares pressionando sempre a base dos dois dedos anelares, expirar pela narina esquerda esticando os dedos da mão direita. Ao mesmo tempo, considerem que estão a expulsar as energias adulteradas pelo apego egoísta; pensem que todos os bloqueios físicos e subtis ligados ao desejo, à frustração e à inveja se desfazem. Apegar-se aos seres e às coisas procurando um prazer pessoal e imediato bloqueia a corrente da alegria e da felicidade verdadeiras.
Finalmente, fechem os punhos sobre os polegares, pousem-nos sobre os joelhos e inspirem lentamente, depois expirem com força pelas duas narinas. Abram as duas mãos esticando os dedos. Considerem que expulsam a energia adulterada pela ignorância. Pensem que os bloqueios devidos a conflitos exteriores e interiores causados pela ignorância se dissolvem. A ignorância fundamental mantém-nos num estado de confusão; desorientados, agimos sem compreender realmente os actos, nem mesmo ter uma clara consciência, e isto perturba a circulação da energia.
Estes exercícios podem ser feitos três vezes. No decorrer da primeira série, a expiração far-se-á docemente, enquanto que na segunda, mais profundamente, e para terminar, muito profundamente. Esta técnica de respiração, que acompanha a concentração mental, age de uma maneira subtil e poderosa sobre o espírito, sobre a circulação da energia e sobre o corpo. No fim do exercício, considera-se que os canais subtis estão completamente limpos: tudo se torna perfeitamente límpido e transparente.
Alternância de concentração e repouso (na meditação budista)
Estar fisicamente num lugar tendo o espírito noutro, não é difícil, todos sabemos como isso se faz: a maior parte do tempo o espírito está disperso e galopa em todos os sentidos. Saber centrá-lo e repousar é um verdadeiro trunfo, particularmente num mundo onde projectos e actividades são incessantes. O treino da concentração num ponto é um meio excelente de aí chegar.
No caso presente, a respiração será o objecto da concentração. O exercício consiste em estar atento à respiração durante alguns minutos, o que conduz a um estado de calma. Experimente contar tranquilamente os movimentos da respiração, sem alterar o ritmo natural e sem se distrair um instante sequer, a fim de estar realmente presente, aqui e agora. Uma vez que o espírito fique perfeitamente focado no vaivém da respiração durante sete respirações, será possível prolongar a duração da concentração e contar onze respirações, vinte e uma ou mais.
Duma maneira geral respiramos pelo nariz. Quando estamos ao pé do mar, ou na montanha ou num lugar desimpedido em plena natureza, podemos respirar suavemente pela boca, os lábios entreabertos.
É conveniente alternar cada período de concentração com um momento de descanso de duração equivalente ou, sem contar nem se concentrar seja sobre o que for, procura-se ficar simplesmente no aqui e agora. A alternância destas duas fases evitam o defeito de uma grande crispação e permite que a energia se equilibre de uma maneira harmoniosa.
Praticada regularmente, esta técnica traz uma clareza de espírito cada vez mais profunda que acalma o corpo e o espírito. É um treino muito útil, para si mesmo e para todos os seres, Assim que ele for explicado em detalhe no capítulo dedicado à técnica do tonglen, podemos ajudar os seres apoiando-nos na respiração. Quando inspiramos tomamos os seus sofrimentos e quando expiramos deixamos verter sobre eles rios luminosos de compaixão.
Tonglen: Trocar a Felicidade pelo Sofrimento
Para começar uma sessão consagrada à prática da troca (tonglèn), adoptamos a postura em sete pontos e aplicamo-nos aos exercícios de respiração e de concentração que já foram referidos. Uma vez o espírito estabilizado, meditamos sobre a compaixão: desejamos que todos os seres sejam libertos do sofrimento e das causas do sofrimento, Depois, seguindo o ritmo natural da respiração, consideramos que, quando inspiramos, tomamos o sofrimento de outrem, visualizado sob a forma de uma nuvem escura. A compaixão que sai agora impetuosamente em si, transforma esta nuvem em luz que, pela expiração, se propaga a todos os seres. Esta imensa claridade dissolve os seus véus mentais e enche-os de paz e de bem-estar, tão simplesmente como se ligássemos o interruptor para acender uma luz que dissipa instantaneamente todas as trevas do mundo.
Todas as espécies de circunstâncias podem ser postas à prova para praticar a troca. Estamos ao pé do mar? Pensemos na multidão que povoa os oceanos e entreguemo-nos ao tonglèn. É certo que, à primeira vista, os seres marinhos não se parecem connosco. Mas o seu espírito não difere fundamentalmente do nosso. A sua forma actual é o resultado dos seus actos anteriores. Como todos os seres do universo, eles procuram o bem-estar e temem o sofrimento. Os grandes peixes comem os pequenos, as espécies minúsculas devoram os grandes, e todos são pescados pelo homem. A sua vida não é mais que incerteza e terror. Desejemos tomar esse sofrimento mental e físico para dar em troca rios de luz e de compaixão.
Estamos de passagem por uma grande cidade? Pensemos em todas as pessoas que aí vivem, em todos os seres, visíveis ou não, que a povoam, e pratiquemos a troca.
Quando nos aplicamos a ajudar os outros de esta maneira, apagamos pela mesma ocasião os traços que os actos negativos imprimiram na nossa consciência fundamental. Um treino assíduo permite mesmo, a longo prazo, apagar os traços de outrem.
No momento de inspirar, não deixe que o medo de não poder assumir todo o sofrimento o faça hesitar. O pensamento do despertar é suficientemente poderoso para transformar tudo. É a este pensamento que devem apelar com todas as vossas forças. Este amor é inerente a cada ser. Mesmo o predador mais feroz é sensível à fragilidade e ao sofrimento dos seus filhotes; para protegê-los e alimentá-los, ele enfrenta todos os perigos.
Esta bondade profunda está adormecida em cada um de nós, sendo preciso acordá-la: ela é a aliada mais poderosa para transformar o sofrimento em liberdade.
Talvez achem surpreendente considerar os seres humanos, animais e outras formas de vida como nossos semelhantes em espírito? Na realidade, não é do ponto de vista da aparência que eu os comparo, mas do da sua natureza fundamental. A maneira através da qual cada ser se manifesta é função da forma física que ele se reveste, e depende dos limites desta. Cada vez que um ser muda de corpo, ele é como um viajante que muda de hotel e que pode encontrar-se um dia no mais simples albergue e no dia seguinte num palácio. As condições exteriores variam mas o viajante não muda. Da mesma maneira, os seres podem renascer dentro de um ou outro dos seis mundos de existência, pois o seu potencial profundo não se altera.
Nos já vimos que o espelho da nossa vida presente reenvia a imagem dos nossos actos passados, e que a vida futura será o reflexo dos nossos actos presentes; daí a importância de ensinar a todos a não-violência. É um meio seguro de obter, a breve ou a longo termo, a paz para si mesmo e para os outros.
Talvez se interroguem sobre a justificação dum treino como o da troca. Não é desperdiçar o seu tempo em vez de consagrar alguns minutos ou algumas horas da vida quotidiana a praticar? Não de todo. O treino permite em primeiro lugar compreender melhor o sentido da vida, e revela-se a seguir um trunfo precioso no momento da morte. Bem entendido, a morte não é um tema sobre o qual as pessoas gostem de falar. Todavia, uma vez que nascemos, inevitavelmente teremos que morrer um dia. Nesse dia, só o treino espiritual adquirido durante a vida nos ajudará a encontrar a liberdade.
No momento da morte, a consciência deixa o corpo tendo como a sua única bagagem o karma resultante dos seus actos passados. Tal como a sombra segue o corpo, os resultados dos actos benéficos ou nocivos seguem o princípio consciente. No momento da passagem, se o espírito estiver todo impregnado de benquerença e de compaixão, a experiência da morte, tal como as condições da vida futura serão inteiramente transformadas. Eis porque esta fase é crucial, e é importante fazer com que estes pensamentos se tornem familiares durante toda a vida presente. O treino de tonglèn fará com que, no momento da morte, eles voltem naturalmente ao espírito.
A prática da troca será assim uma grande ajuda durante essa travessia perigosa. Poderemos aplicar esse treino quando um parente, um amigo ou um animal familiar se encontra no seio da morte. Assistir a um moribundo na fase crítica pode constituir uma verdadeira salvação. É preciso, no momento em que a consciência deixa o corpo e começa a errar no estado intermediário, ser capaz de tomar o sofrimento para, em troca, inundá-lo de luz.
Nos estados próximos da morte, o espírito passa por experiências comparáveis às vividas nos sonhos: durante o sono o corpo está imóvel enquanto que o espírito continua a funcionar, e conhece uma imensidão de experiências. Imediatamente após a morte, o corpo, inerte, é abandonado, mas o espírito continua a viver toda a espécie de acontecimentos. As primeiras percepções estão principalmente relacionadas com recordações da vida que acabamos de deixar. A seguir entramos numa fase onde se vê o que será a próxima vida. Tudo é vivido no plano mental e subtil.
Antigamente, existia quase em todo o lado uma tradição de acompanhar os moribundos. Hoje em dia isso faz imensa falta. A maior parte das pessoas não quer sobretudo pensar na morte, e assistir a alguém nesses momentos que precedem a morte e que a seguem está frequentemente fora do seu alcance. Eles não dispõem de tempo suficiente ou, muito simplesmente, não sabem o que fazer. Muitos pensam que só um padre está indicado para fazer o que é preciso para acompanhar aqueles que partem. Na realidade, cada um pode desenvolver a capacidade de socorrer os moribundos com a ajuda de pensamentos positivos e de oração, já que todos os seres sem excepção partilham desta base comum que é a natureza do despertar.
Nós veremos nos capítulos seguintes os treinos que associam o tonglèn às meditações sobre o amor, a compaixão. A alegria e a imparcialidade; esses são os utensílios de primeira importância que nos servirão para toda a vida.
No dia a dia, praticar a troca facilita de imediato a comunicação e apazigua rapidamente qualquer conflito. Nós estamos de facto sempre fortemente inclinados a nos queixarmos perante as dificuldades, atirando constantemente a culpa para cima dos outros: pai, mãe, o patrão, o vizinho, o governo ou a sociedade… Não será mais inteligente inverter esta atitude e questionarmos a nós próprios? Não teremos nós uma parte da responsabilidade em tudo o que nos acontece? Esta maneira de pensar apresenta pelo menos uma vantagem: em lugar de nos pormos no papel de vítimas, somos livre de trabalhar sobre nós mesmos para agir sobre a situação.
Excertos extraídos do livro Diamant de Sagesse do Ven. Mestre Tulku Pema Wangyal Rinpoche, Edições Padmakara

quarta-feira, julho 16, 2014

Portugal inaugura, em Setembro um dos maiores centros de retiros do budismo tibetano na Europa

Portugal inaugura, em Setembro

http://www.gephelling.org/


 um dos maiores centros de retiros do budismo tibetano na Europa, um espaço com cerca de 100 hectares que quer colocar o Alentejo na rota internacional do turismo religioso budista.

O centro, o primeiro desta dimensão em Portugal e na Europa, é uma iniciativa do Centro de Estudos Tibetanos Pendê Ling, com sede no Estoril, uma comunidade de praticantes com quase uma década de existência.

O espaço, que fica localizado próximo de Santa Susana, em Alcácer do Sal, nasceu para possibilitar um treino "tradicional e mais intenso" aos alunos budistas e para permitir convidar para Portugal "mestres de renome na tradição meditativa tibetana", disse à agência Lusa o Lama Guyrme, um dos mestres que rege o centro do Estoril.

O centro Gephel Ling (ilha dos ensinamentos do Buda) será inaugurado com a realização de um retiro de meditação e ensinamentos, entre 13 e 27 de Setembro, evento que traz pela primeira vez a Portugal o mestre Khochhen Rinpoche.

Contemporâneo do Dalai Lama, Khochhen Rinpoche, que fugiu para a Índia em 1959, é um dos mestres tibetanos mais antigos ainda vivos da tradição Nyingma, uma das escolas tibetanas.

No retiro de inauguração são esperados cerca de 200 budistas de todo o mundo, entre tibetanos, refugiados tibetanos na Europa e nos Estados Unidos e nepaleses.

O novo espaço, de cerca de 100 hectares, "oferece" a possibilidade de "integração com a natureza" longe das perturbações da vida quotidiana, considera o Lama Guyrme.

O centro pretende ser um pólo de promoção da cultura tibetana e dos ensinamentos do Buda, mas também um centro de retiros com capacidade para albergar praticantes provenientes de vários pontos de Portugal e da Europa "para aqui receberam ensinamentos específicos das tradições Nyingma e Kagyu do budismo tibetano".

As infra-estruturas construídas até ao momento têm capacidade para acolher 30 pessoas e, no futuro, está projectada a construção de um templo budista.

"Um dos nossos projectos é a construção de um templo de raiz, de acordo com a arquitectura sagrada dos princípios do budismo tibetano", disse o Lama.

O investimento global está estimado em um milhão de euros e no centro deverão viver em permanência cinco pessoas.
Está também prevista a realização de três a quatro retiros budistas internacionais por ano, mas o espaço estará aberto também a não budistas.

"Qualquer pessoa que possa apreciar uma cultura de paz, de tranquilidade... é bem-vinda", disse o Lama Guyrme, explicando que estão previstos vários programas que visam "criar um ponto de interacção dos benefícios que a cultura budista pode trazer a qualquer pessoa, independente da sua confissão ou da ausência dela", sublinhou.

O interesse pelo budismo em Portugal, onde se estima existam cerca de 15 mil praticantes, tem registado "vagas de interesse", que, segundo o Lama Guyrme, vão deixando algumas marcas constantes.

"Há momentos em que há maior curiosidade por parte do público [...] e há momentos em que essa atracção se pode dissipar [...], mas ao longo destes anos começa a haver uma reminiscência constante que está a crescer", disse, adiantando que a boa relação entre o budismo e a ciência é um dos aspectos que torna esta religião "muito interessante para o público moderno".

O budismo é uma tradição espiritual com 2.500 anos focada no desenvolvimento pessoal e na procura do profundo conhecimento interior.

Em todo o mundo, estima-se que existam 376 milhões praticantes e seguidores do budismo.in Publico

http://uniaobudistaportuguesa.blogspot.pt/2014/07/portugal-inaugura-em-setembro.html