sábado, janeiro 31, 2015

Meditação: 7 pontos pelos quais deveria praticar




A vida é repleta de desafios, de altos e baixos, de alegrias e tristezas, e de gostos e desgostos. Com a prática da meditação a nossa existência tem o potencial para ser mais serena, viva e plena. A meditação é muito mal compreendido e muitas vezes sub-avaliada, talvez, o que seja fundamental para que uma pessoa seja verdadeiramente sã. Como é que a meditação nos afecta? Como muda as nossas prioridades, permitindo fazer amizade com nós mesmos, para encontrar respostas para as nossas perguntas?


Aqui estão 7 pontos através dos quais a meditação pode tornar a sua vida mais significativa e agradável! 

1. Viver com Bondade

Ninguém merece a sua bondade e compaixão mais do que a você próprio. Sempre que vir ou sentir sofrimento, sempre que cometa um erro ou diga algo estúpido e está prestes a rebaixar-se, cada vez que pensar em alguém cuja relação esteja a atravessar um momento difícil, cada vez que encontrar a confusão e a dificuldade de ser humano, cada vez que vir alguém lutando, aborrecendo ou irritando, pode parar e trazer a bondade amorosa e a compaixão. Respirando suavemente, silenciosamente pode repetir: Que eu possa estar bem, que possa ser feliz, que eu possa estar cheio de bondade, etc.
Simplesmente através da intenção de causar menos dor pode trazer mais dignidade ao seu mundo,
permitindo que o mal seja substituído por bondade e o desrespeito pelo respeito. Geralmente os danos são causados involuntariamente, seja por ignorar os sentimentos de alguém, rebaixando-se, reafirmando o seu desespero, não gostar da sua aparência, ou ver-se como incompetente ou indigno. Tanto ressentimento, culpa ou vergonha que vivencia, perpetuando a toxicidade? A meditação permite que transforme esses estados mentais negativos através de reconhecimento da sua bondade essencial e a preciosidade da vida.


2. Aliviar a carga 

Num estado forçado, contraído é fácil perder o contacto com a paz interior, a compaixão e a bondade; num estado relaxado a sua mente está clara e pode conectar-se com um profundo sentido de propósito e altruísmo. As palavras meditação e medicamentos derivam da palavra Latina medicus, que significa também cuidar e curar. Um momento de calma tranquila, portanto, é o remédio mais eficaz para a mente ocupada e sobrecarregada. Sempre que se sentir com stresse crescente, “aperto” no coração, a mente em confusão, basta trazer o seu foco para a sua respiração e silenciosamente repetir a cada entrada e saída do ar: inspirando, eu acalmo o corpo e a mente; expirando, eu sorrio.


3. Largar o meu “Eu” 

A quietude está sempre lá entre os pensamentos, por trás da história, do ruído. O que nos impede de experimentar o nosso estado natural de ser é a “mente de macaco” habitualmente dominada pelo ego. A meditação permite-nos ver claramente, testemunhar os nossos pensamentos e comportamentos e reduzir o auto-envolvimento. Sem essa prática de auto-reflexão será mais difícil colocar um travão nas exigências do ego. Largando de ser egocêntrico, podemos nos tornar mais centrados nos outros, preocupando-nos com o bem-estar de todos.


4. Dissolver a raiva e o medo 

Nós não aceitamos ou libertamos os nossos sentimentos negativos tão facilmente; estamos mais propensos a reprimir ou negá-los. Mas quando negadas podem causar vergonha, humor deprimido, raiva e ansiedade. A meditação convida a conhecer abertamente esses lugares, e a ver como o egoísmo, a aversão e a ignorância criam dramas intermináveis e medos. Debaixo desta camada superficial está um silêncio calmo onde pode conhecer-se a si mesmo; esta é uma experiência maravilhosa. Mesmo que pratique por apenas dez minutos por dia ou mais, não importa. Está a libertar-se das suas limitações ao abrir-se à auto-aceitação e presença plena.


5. Despertar o Perdão 


O perdão é o maior presente que pode dar a si mesmo e aos outros. Assim como se senta em meditação e vê os seus pensamentos e sentimentos, que se deslocam através de si, também pode observar que quem você é agora não é quem era apenas há um momento atrás, e muito menos há um dia, uma semana, ou um mês atrás. Quem você era, ou alguém era quando a dor foi causada não é quem você é agora. Quando experimentar a sua interligação essencial poderá ver como a ignorância deste facto cria separação e sofrimento, de modo que o perdão por tal ignorância surge espontaneamente. 


7. Valorizar a Gratidão

Tome um momento para apreciar a cadeira em que está sentado. Considere como a cadeira foi feita: a madeira, algodão, lã ou outras fibras, as árvores e plantas que foram usadas, a terra onde cresceram as árvores, o sol e a chuva, os animais que talvez deram as suas vidas, as pessoas que preparam os materiais, a fábrica onde a cadeira foi feita, o designer e o carpinteiro e a costureira, a loja que vendeu, tudo isso apenas para que possa estar sentado aqui e agora. Em seguida, estenda esse agradecimento profundo a tudo e a todos na sua vida. 


8. Estar Consciente 

A consciência é a chave para o despertar. Através da consciência que pode ver a sua “mente de macaco” e toda a sua distracção. Quase tudo o que fazemos é para conseguir algo: se fizermos isto, então vamos conseguir aquilo; se fizermos isto, então isto vai acontecer. Mas, na meditação, fazemos apenas para porque o fazemos. Não há propósito ulterior além de estar aqui, no momento presente, sem tentar chegar a algum lugar ou conseguir qualquer coisa. Está apenas ciente de tudo o que está a acontecer, seja agradável ou desagradável. No julgamento, há certo ou errado. Basta estar consciente.

http://www.spm-be.pt/2014/10/meditacao-7-pontos-pelos-quais-deveria.html

quinta-feira, janeiro 29, 2015

terça-feira, janeiro 27, 2015

Renúncia e Desapego

MEDITAÇÃO E VIDA ESPIRITUAL
Swami Yatiswarananda 1

Renúncia e Desapego
(Capítulo 10 do livro Meditation and Spiritual Life; Páginas 120 a 125)


A necessidade da renúncia
    É realmente muito estranho que as pessoas sofram tanto e ainda assim não despertem, mas se prendam a todos os tipos de falsas identificações. O mundo inteiro está preso pelo desejo de riqueza e sexo. As pessoas fazem disto a meta de suas vidas e ao final sofrem. Identificando-se com nosso corpo e com os outros corpos nos prendemos em todos os tipos de envolvimentos emocionais e criamos sofrimento sem fim. É claro que há muitas pessoas que parecem gostar de tudo isto. Como na parábola de Sri Ramakrishna, o camelo come arbustos espinhosos que sangram a sua boca, mas continua a comê-los da mesma forma.2  Mas um aspirante espiritual não pode viver desta forma. Ele fixou para si mesmo um ideal elevado e por isso não pode perder-se em envolvimentos mundanos. Por isso começa a pensar profundamente sobre renúncia e desapego.
    A renúncia é o tema central da vida espiritual em todas as religiões. Renúncia da riqueza e da cobiça, do sexo e da luxúria e do egoísmo – esta tríplice renúncia é invariavelmente enfatizada em todas as escrituras e por todos os homens verdadeiramente espirituais. Sem renúncia não há vida espiritual. E renúncia não significa apenas a renúncia externa, mas também a renúncia mental. Devemos renunciar a todo nosso apego ao nosso próprio corpo e mente e aos dos outros, e tornar-nos verdadeiramente desapegados de todos os modos. Não é suficiente se fizermos isto somente com relação a certas coisas e pessoas, enquanto tentamos nos prender a outros ainda mais. É fácil evitar certas coisas ou pessoas de quem não gostamos e chamar isto de renúncia. A verdadeira renúncia é a mudança de atitude em relação a tudo.
    Por que a renúncia é necessária? Por que devemos praticar tanto o desapego? As práticas espirituais jamais poderão ser executadas com sucesso sem abandonar as velhas associações com coisas e pessoas que não auxiliam ao aspirante. Somente quando estivermos preparados para renunciar nossos desejos e paixões e nosso apego aos outros, seja na afeição ou na aversão, poderemos praticar a verdadeira religião com bons resultados e  poderá haver progresso. Nunca permita que sua mente o engane sobre este ponto. A mente sempre tenta apresentar alguma razão plausível para que não possamos renunciar esta ou aquela coisa, para que nós possamos estar na companhia de tal ou qual pessoa, de que é nosso dever conversar com ele ou com ela, etc. Nunca acredite em sua mente nestes casos. Ela sempre irá enganá-lo e tornar-se o porta-voz de seus desejos conscientes ou inconscientes. Portanto não precisamos apenas de japa, oração, meditação e outras práticas espirituais, mas também de renúncia. De fato japa e meditação só são efetivos na medida em que somos bem sucedidos em ter mais e mais da verdadeira renúncia e desapego. Quando estes dois – práticas espirituais e renúncia – são combinados, torna-se possível para nós controlar a mente e começar a limpar todos seus cantos sujos onde permitimos que se acumulasse todo tipo de imundície por eras e eras através de incontáveis nascimentos.
    Demasiada mundanalidade é como o fogo. Ela queima o coração. Torna uma pessoa insensível aos valores espirituais. Uma pessoa mundana não pode apreciar a felicidade da vida espiritual. A faculdade da intuição torna-se tão inerte em uma pessoa mundana que não é mais sensível às vibrações mais elevadas. Ela não tem nenhuma idéia das verdades espirituais e apenas continua se banhando na poça suja de seus desejos e paixões.

Amor e apego
    Coisas ou pessoas a quem amamos, atraem nossas mentes e criam apego, raiva ou aversão. Amor e aversão são apenas os dois lados da mesma moeda; nunca se engane sobre isto. Portanto eles pertencem à mesma categoria. Raiva ou aversão é amor ou apego voltado para baixo. Não é algo essencialmente diferente. Devemos eliminar todas as formas de apego e todas as formas de medo nos tornando desapegados e livres de gostos ou desgostos pessoais. Devemos ter simpatia sem ficar apegado. Não deveria haver jamais qualquer demanda pessoal sobre alguém ou o amor de alguém; nem deveríamos permitir que alguém tivesse qualquer exigência pessoal sobre nós ou sobre nossa afeição.
    Devemos amar a Deus apenas e permitir que os outros fizessem o mesmo. Cristo diz, ‘Aquele que ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim, e aquele que ama seu filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim’3, e não há nada mais verdadeiro do que isso. E também é verdade que aquele que permitir que qualquer outra pessoa o ame mais do que ao Divino, não é digno do Divino, e jamais atingirá o Divino, por mais que possa tentar. Colhemos apenas o que semeamos e enquanto continuarmos a permitir que todos estes gostos e desgostos nos prendam e aos outros com as correntes do assim chamado amor, nos manteremos escravizados, trazendo sofrimento para nós mesmos e para outros.  O sofrimento é a penalidade que pagamos por nossos apegos. Em alguns casos ele chega logo, em outros demora; mas todos devem pagar por seus erros.
    Quando as pessoas nos amam, nos sentimos lisonjeados. Nós gostamos de atrair os outros, gostamos de ser amados por outros como objetos de gozo. Mas somos geralmente muito impulsivos e não pensamos que com isso criaremos apenas problemas para nós e para os outros e impediremos nosso progresso espiritual. Devemos ter dignidade e sermos cuidadosos. Devemos adotar uma atitude pela qual os outros não se atreverão a se aproximar de nós do modo errado. Eu falo isto especialmente para as senhoras. O conceito ocidental de cavalheirismo não tem lugar na vida espiritual.
    Devotos e aspirantes espirituais são nossos queridos, pois somos todos ligados pela corda comum do divino Amor que é permanente. O amor pelos irmãos espirituais é muito mais intenso e benéfico que o amor mundano. Olhe para a relação que existiu entre os discípulos de Cristo, entre os discípulos de Sri Ramakrishna. Que amor terno, respeito mútuo e consideração existiram entre eles! Quando nós, ainda jovens, entramos em contato com os grandes discípulos de Sri Ramakrishna, também fomos profundamente atraídos pelo intenso, porém puro, e abnegado amor que derramaram sobre nós. Somente um homem espiritual pode ter amor real pelos outros. O assim chamado amor das pessoas mundanas é freqüentemente apenas auto-interesse refinado.
    As almas iluminadas amam a todas as pessoas da mesma forma sem se apegarem a elas porque eles realizaram a verdade da famosa declaração do Upanishad:
        Não é por causa do esposo que o esposo é amado,
        Mas é por causa do Ser que o esposo é amado.
        Mas é por causa do Ser que a esposa é amada.
        Não é por causa dos filhos que os filhos são amados,
        Mas é por causa do Ser que os filhos são amados...
        Não é por causa de tudo que tudo é amado,
        Mas é por causa do Ser que tudo é amado. 4

    As vidas das almas iluminadas nos ensinam que a renúncia e o desapego não significam insensibilidade e indiferença. Insensibilidade não é desapego; não é nada além de egoísmo, apego ao seu próprio ego. Tente ajudar aos outros tanto quanto esteja em sua capacidade, tomando todas as precauções para se proteger e evitar não ficar apegado a eles. Se você não puder fazer isto, reze a Deus para o bem-estar deles. Se orar sincera e intensamente você verá a ajuda chegando a aqueles que você quer ajudar. Mas lembre-se, se você quiser rezar pelos outros, você deve sentir a si mesmo próximo a Deus. Se você não puder impedir a si mesmo de ficar apegado aos outros, é melhor não ajudá-los. É melhor se voltar para a oração. De fato todos os aspirantes sinceros devem incluir este tipo de oração pelos outros em suas práticas espirituais diárias.
    Durante o período de transição da vida mundana para a vida espiritual, podemos sentir um pouco de indiferença pelos outros por algum tempo. Para proteger-nos podemos até cultivar uma atitude de indiferença, mas somente por um período curto. Se prender-se ao ideal da realização de Deus e levar uma vida pura, você descobrirá depois de algum tempo seu velho amor pelos outros retornar a você de uma forma purificada e sublimada, no qual apenas o apego foi eliminado e substituído por intenso amor por Deus. Então você ama aos outros por causa do Divino e não por qualquer propósito egoísta. Só isto é o verdadeiro amor. Devemos nos afastar de dois perigos: um é amar aos outros com amor humano e falsamente chamá-lo de ‘divino’ e o outro é ser demasiadamente indiferente até mesmo pelos sentimentos corretos e ser negligente com nossos deveres. Ambos são prejudiciais ao crescimento espiritual.
   
Os verdadeiros parentes
      Quem são nossos verdadeiros parentes? Bāndhavāh Śivabhaktāśca (‘os devotos de Śiva são meus parentes’) diz Śamkara em um de seus hinos. 5 Muito freqüentemente aqueles a quem consideramos muito próximos e queridos são completos estranhos para nós. Eles vivem em um plano de pensamentos e nós em outro. Aqueles que são sinceros aspirantes espirituais e estão ansiosos para fazer rápido progresso espiritual deveriam aprender a viver como estranhos em suas próprias casas. Se seus amigos e parentes são bons e espirituais, você pode associar-se com eles. Mas se eles são mundanos e inclusive tentam arrastá-lo até eles, o único caminho aberto para você é afastar-se deles. Se você deseja seguir adiante e outros querem deitar-se, que mais você pode fazer?
    Aqueles que vivem com parentes que são mundanos deveriam viver como hóspedes em uma casa de hóspedes. Eles devem abandonar a idéia de propriedade e ter a idéia de um administrador temporário. Você não deve jamais ter nenhuma exigência emocional sobre eles. Eles não são sua propriedade. Se você possuir algo, você dele possuí-lo como um administrador temporário, não como um proprietário, e administrá-lo em nome do Senhor.
    Aprenda a desenvolver a verdadeira perspectiva com relação a sua família. Liberte a mente de todas as velhas associações conectadas com formas puramente humanas de amor e aversão, conectadas com apego e sexo; somente então a verdadeira prática espiritual se tornará possível. Tudo antes disto é apenas uma tentativa de prática espiritual e nada mais. Quando menino eu era muito sentimental. Eu costumava me apegar terrivelmente às pessoas após um dia ou dois de contato. Eu também me extasiava por todo amor e afeição por mim de meus pais, parentes e amigos, e costumava pensar muito neles. Ao final eu não pude suportar todos estes sentimentos mais e firmemente disse a mim mesmo: ‘Isto tem que mudar’. Então me voltei para o Impessoal mais e mais. Somente o pensamento do Supremo Espírito que mora em todos os seres pode libertar-nos de nosso apego às pessoas. Você deve pensar este pensamento tão intensamente até que ele se torne uma realidade para você, algo que é vívido e permanente. Isto sustentará você mesmo quando todos os seus pensamentos sobre as outras pessoas estourem como bolhas mais cedo ou mais tarde.

A raiva é tão prejudicial quanto o apego
      A raiva é tão prejudicial quanto o apego, de fato é a mesma coisa. O apego e a raiva são apenas as duas faces da mesma moeda, como eu disse antes. Nunca se engane pensando que um é melhor que o outro. Ambos são correntes e degradam ao ser humano, impedindo-o de se elevar à sua verdadeira estatura. Ambos devem ser renunciados.
    Vamos discutir a questão da raiva. Por que ficamos com raiva? Somente por que alguém ou algo está no caminho do que achamos ser o objeto de nosso gozo. Esta é a única razão para toda a nossa raiva. Sempre descobrimos que a raiva está intimamente conectada com um ego muito valorizado ou um forte senso de personalidade. Sem este forte senso do ego e um excessivo desejo pelo gozo, físico e mental, a raiva jamais poderia nem mesmo surgir em nossos corações. Portanto este ego, este desejo pelo gozo, é a única causa de termos raiva. Se não desejarmos nenhum gozo, se não esperarmos nada de ninguém, mas apenas dar e agir sem nunca esperar qualquer recompensa, jamais poderá surgir qualquer raiva. Portanto devemos ficar com raiva de nossa raiva, e não com outros. Devemos ter uma raiva terrível de nossos desejos pelo gozo dos sentidos e não com os objetos propriamente ditos. O único modo prático é sublimar a raiva e finalmente eliminá-la. E sem eliminar a raiva e outros males associados, jamais poderemos fazer qualquer progresso na vida espiritual. A luxúria e a raiva são os maiores inimigos no caminho espiritual. Portanto eles deveriam ser cuidadosamente evitados por todos os aspirantes.
            Assim, onde quer que haja raiva existe algum apego, algum desejo excessivo ou afeição. Verdadeiramente falando, sem apego a alguma pessoa ou coisa jamais poderá surgir qualquer forma de raiva. É apenas nossa perversa vontade de gozar que traz a raiva. Mas isto deveria ser compreendido mais num sentido sutil do que de num sentido grosseiro. Não precisa necessariamente ser qualquer desejo por formas grosseiras de gozo que se encontra na raiz da raiva.
    Algumas pessoas se tornam agressivas quando praticam renúncia. Isto ocorre porque quando a força do apego é reduzida, a força da raiva se torna mais forte. Muitos aspirantes espirituais se tornam facilmente irritáveis nos primeiros estágios de sādhanā. Esta é uma reação às tentativas frágeis de renúncia que fazem. A renúncia externa nem sempre é seguida pelo desapego interno. O apego interno entra em conflito com a renúncia externa e conduz às tensões. A verdadeira renúncia deve ser a renúncia do apego e da raiva.
    Somente quando começamos a praticar a verdadeira renúncia é que realizamos que tipo de vida miserável nós estivemos vivendo até então. Também realizamos que é a força do passado agora o maior obstáculo. Isto leva ao remorso e ao arrependimento. Deve existir certa quantidade de saudável autocrítica, mas ela nunca deveria se tornar destrutiva ou terminar em emocionalismo negativo. Não diga, ‘Ó, que pecador, que criatura desprezível eu sou!’, mas aprenda a dizer, ‘Se eu cometi erros no passado, já acabou. Que eu saiba que fiz algo errado, mas que não fique pensando sobre isto. Que eu vire uma nova página e faça melhor no futuro, que eu seja mais atento no futuro e aprenda a ser um ser humano ao invés de um animal’. Este é o modo correto. Quer sejamos jovens ou velhos, devemos todos renascer no mundo do Espírito e começar nossa marcha em direção à Verdade.

   


 1 Swami Yatiswarananda (1889-1966), foi um discípulo de Swami Brahmananda e Vice-Presidente da Ordem Ramakrishna.
2 Gospel of Sri Ramakrishna, transl. by Swami Nikhilananda (Madras: Sri Ramakrishna Math, 1974), p. 118.
3 Bíblia, São Mateus, 10:37.
4 Brhadaranyaka Upanisad, 2.4.5; 4.5.6
5 Annapurnastotram, verso 12.

quinta-feira, janeiro 22, 2015

segunda-feira, janeiro 19, 2015

domingo, janeiro 18, 2015

sexta-feira, janeiro 16, 2015

10 Questions Answered About Your Spirit Guides

By Sylvia  Browne

Editor's Note - The beloved author and world famous psychic Sylvia Browne left this world and made her transition to the Other Side on November 20, 2013. This month, Hay House is releasing a revised edition of her popular book, Contacting Your Spirit Guide, which includes a new featured section called, “A Day in the Life of a Spirit Guide.”

Spirit guides come in all shapes and sizes, and they’re from all different cultures. They can assume any visage, but I assure you, they’re trusted, valued friends who will never disappoint you. They have great wisdom and courage, and you’ll hear from them if you’re quiet and listen. Guides don’t always have an audible voice, although the more you believe in their existence, the better they’re able to communicate.

Maybe I had an edge because I came from a long line of psychics (going back 300 years!)—but I actually heard my guide speak to me when I was seven years old. In the beginning, she didn’t give me a running commentary, but she did give me messages. Please understand, this all started 61 years ago, and it was a much different world back then—one where people couldn’t even begin to accept this concept—not to mention the fact that I was born into a Catholic/Jewish/Episcopalian/Lutheran household. None of this lent itself to making contact with a disembodied spirit. When people now tell me that they’re struggling with similar confusion and fear, I understand completely.

I’d like to help people learn about spirit guides by sharing 10 common questions that have been posed to me by readers of my books, by my clients, and by miscellaneous individuals over the years.

Question 1: How many spirit guides can a person have?

A: It is possible to have more than one guide, as I do—Francine, my primary guide: and Raheim, my secondary guide—but usually you’ll have just one. I’ve never found anyone in all of my years of research to have more than two guides. Even if that’s the case, there’s always a primary guide (such as Francine) who helps us with our written chart that we completed before we came into this life.

Question 2: Can guides ever move objects?

A: Guides have been known to move things, but this is rare. Since they’re of such a high vibration, they can operate electrical items, such as making lights go on and off. I remember one client who did an exercise to get in touch with her guide, and soon afterward there was a loud popping noise that came out of the speakers of her television—and then her TV was off.

Question 3: Do we ever become guides?

A: Yes, everyone gets the chance to be a guide. It isn’t that complicated, except for studying the chart with the entity. We choose to help each other before we ever come into life.

Question 4: Why do some people have male guides, while others have female guides?

A: Well, Francine says that it’s related to our left and right brain. In other words, I have a female guide because I needed to expand my emotional side more. A male guide will be there if you need to balance your intellect. This doesn’t mean that we’re necessarily ineffectual in this area; it just gives us an extra boost.

Question 5: Can guides change our charts?

A. We write our life’s chart with the help of a group of friends, helpers, and the “Council,” which is comprised of wise “master teachers,” all of whom help us map out our purpose. Then our spirit guide comes in to study with us and to help us as much as possible. So our guide won’t change our chart but they can help modify our chart, give solace during the pain, and often petition the Council to, let’s say, give us some light at the end of the tunnel. Think of our guides as trusted friends who unconditionally love us and go through everything with us, who encourage us, and who aren’t beyond giving us a gentle but effective kick in the backside.

Question 6: Can guides heal?

A: Our guides can heal and help us mentally, but they always call on angels or even “spirit doctors” to assist us. Because they’re so advanced, the guides have the ability to call on any and all entities at their disposal.

Question 7: Do guides ever leave us?

A: No, our spirit guides never, ever leave us—they’re with us every waking moment. They do have the ability to bilocate, though, which means that they’re able to be in two places at the same time, in full consciousness. This is hard for our finite minds to comprehend, but on the Other Side, our essence is so strong that we can fully be in two places at once. For instance, a guide could be watching over you and still be before the Council pleading your case to modify your chart or get some advice or extra help.

Question 8: Can a guide be mistaken for a ghost or loved one who’s passed over?

A: Rarely can a guide be mistaken for one of these entities, because he or she won’t manifest in the same way. The reason we see ghosts is because they haven’t made the transition to the Other Side and are therefore closer to this dimension. In the case of deceased loved ones, it takes a period of time after they pass to reach the elevated vibration level of guides, because they’ve so recently come from this dimension. If the guide does manifest, it will be a brief appearance, like when I actually saw Francine and Raheim. Instead, there’s a real sense that they’re with me, but not in full-body form.

Question 9: Do people share guides?

A: No, although guides can visit each other or get information from other guides. Many people have even tuned in to Francine briefly at my lectures. When I’m speaking, I always have this strong sense that many spirit guides are getting together and saying things such as, “If you think you’ve got problems, look at what I’m dealing with.

Question 10: What do our guides look like?

A: Some guides will appear in what I call their own definitive mode of dress. Some have actually dressed in Roman togas, but they can show up in regular street attire, too. Francine usually appears to me in a flowing chiffon dress, while Raheim tends to wear a white Nehru jacket with a white turban. This doesn’t seem to have any particular significant except that it reflects their own individual preference, which proves that we not only keep our own personality on the Other Side, but our taste in dress as well.

http://www.healyourlife.com/10-questions-answered-about-your-spirit-guides

quinta-feira, janeiro 15, 2015

terça-feira, janeiro 13, 2015

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quarta-feira, janeiro 07, 2015

sábado, janeiro 03, 2015

quinta-feira, janeiro 01, 2015