Nenhuma terra é tão fria, quanto a frieza dos corações que nela habitam.
Nenhum relacionamento é tão distante, quanto a distância das pessoas que têm medo do afeto.
Nenhum conviver é tão duro, quanto a dureza das almas egoístas que possuem medo da convivência.
Nenhum lugar é tão feio, quanto a feiúra da arrogância e do orgulho, mesmo habitando uma cidade bela.
Nenhum silêncio é tão desagradável, quanto a falta de diálogo nas famílias e empresas.
Nenhuma dor é mais doída do que aquele que a sente, seja em que grau e situação for.
Nenhuma solidão é mais só, que conviver no meio da multidão sem ter alguém para lhe ouvir.
Nenhuma expectativa é tão ruim, quanto a certeza de jamais possuir perspectiva de ter uma vida digna e sem humilhação.
Nenhuma frustração é pior que a de possuir dinheiro e não poder comprar a felicidade.
Nenhuma inveja é pior que desejar a competência e os méritos dos outros por não possuir confiança em si.
Nenhuma felicidade é melhor que a de poder realizar a felicidade de outros.
Nenhum prazer é melhor que o êxtase do coração, da expansão da consciência e da consciência tranqüila.
Nenhuma paz é melhor que a paz íntima advinda da harmonia dos próprios pensamentos.
Nenhuma liberdade é melhor que a liberdade de expressão e de pensamento.
Nenhum valor é mais digno que o perdão, o arrependimento, a humildade e a vontade de aprender e melhorar em todos os sentidos.
Por Dalton Roque e Andréa Lúcia da Silva
Curitiba, 2005.
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