domingo, dezembro 12, 2010

Espiritualidade: nutrindo o Espírito

Espiritualidade: nutrindo o Espírito
por Marcos Porto - portomfc@terra.com.br

Quaisquer que sejam os dias em que colocarmos em segundo plano de importância as questões espirituais, estes serão períodos de inquietação.

Iludidos pelas sociedades de alta tecnologia, nós seres humanos espirituais estamos nos tornando cada vez mais distraídos em reconhecer a prática espiritual como função dinâmica de vida.

Embora não seja raro que nós seres humanos espirituais exploremos os reinos da Luz quando em oração, meditação ou refexão, o foco principal permanece em muitas das vezes visando satisfação pessoal como respostas a dúvidas e inseguranças ao invés de comprometimento com a conexão de Alma.

Vamos então reletir sobre o tema?

Quem vive em sociedades industrializadas, como nós, raramente podemos nos considerar devotos espirituais, e menos ainda termos compreensão da extensão da influência espiritual e extra-terrestre em assuntos temporais da humanidade.
Desnutrição do Espírito encolhe as cordas do nosso coração.

O caos emocional e mental, torna-se denominador comum nas sociedades mais materialistas do planeta. Perpetuar o nível generalizado de frustração crônica é a atração desequilibrada para manter contato com atividades alienantes e de desconcentração.

Abusos no trabalho, lazer, bebidas álcoolicas, fumo, alimentos danosos, relacionamentos superficiais, drogas ou medicamentos sejam estimulantes ou relaxantes, eliminam as oportunidades de clareza de meditação sobre a natureza de Alma.

Onde, então, se encontra o esplendor da vida?

Nosso corpo espiritual deriva da complementação nutricional da Luz-Amor e absorção das belezas da Terra.

Natureza do Espírito é uma opção de conduta para expressararmos a essência do nosso coração, permitindo a abertura para experimentarmos a vida como o presente mágico do nosso Ser Maior Criador Deus.

Para isso as atividades espirituais complementares tais como participação em Grupos de Encontro e Reflexão e outras, servem para equilibrar nossos esforços físicos, mentais e emocionais com a correspondente nutrição do Espírito.

Há mais de dois mil anos o Taoísmo - Tao Te Ching - cuja tradução literal poderá ser 'clássico caminho da virtude' ensina que em todo o Universo há somente UM Espírito ou Respiração resultando em Vida e Nascimento. Na explicação intitulada 'Respiração do Embrião' (T'AI HSI CHING) podemos encontrar que: "Aquele que compreende o Espírito ou Respiração pode viver para sempre, aquele que rigorosamente mantém o Vazio e Não-existente pode, portanto, alimentar o Espírito ou Respiração. Espírito ou Respiração é UM; Vêm do Vazio ou Não existência. Desde o rompimento do Caos até agora Espírito ou Respiração nunca diminuiu ou aumentou. Por isso se diz que Espírito é imortal. Quando um ser humano é capaz de se desfazer de seus sentidos de visão e audição, bem como a abster-se de entender e saber, isso equivale a uma manutenção rigorosa do Vazio ou Não-existente, por meio do qual nutre o Espírito ou Respiração. Mas se o ser humano reconhece o Real e o Existente será enganado, criando ele mesmo os meios de limitar a própria vida".

Nós seres humanos espirituais temos tendência de esgotar nossas energias tanto na sobrevivência física como em atividades fugazes, o que equivale "reconhecer o Real e o Existente".

No entanto, o anseio predominante de Alma é amadurecer e aprofundar a vibração elevada. Faz sentido?

Embora seja bom apreciarmos e nos cercar com as coisas boas da vida, adquirir bens com o único propósito de acumulação de riqueza material, não satisfaz a nutrição do Espírito.

Por exemplo: Sendo no corpo físico equivale dizer que uma dieta alimentar pobre em proteínas não cumpre as exigências nutricionais de um adulto robusto, nos conduzindo a um quadro anêmico.

Estresse se tornou um ingrediente essencial da vida cotidiana: na verdade, o estresse crônico se tornou norma aceita.

Podemos, logicamente, argumentar que as demandas da aceleração econômica dos países desenvolvidos, são causas principais para o nível elevado de ansiedade.

Em nossa opinião, no entanto, a ansiedade é originada no desprazimento, em função da fome que assola a satisfação espiritual.

As circunstâncias de nossa desatenção espiritual motivam nosso profundo sono cósmico, o qual nos mantém no nível de consciência de 3ª dimensão.

Estamos hibernados tal como ursos no inverno! Correto?

Limitados por nossos cinco sentidos subdesenvolvidos, nossa percepção psíquica tem restrições aos estímulos elevados; cada vez mais em contrapartida nosso fascínio se manifesta pela tecnologia eletrônica e em bens manufaturados.

Nossa mente racional e apego à lógica complicam ainda mais a evolução espiritual, fixando nossos interesses exclusivamente sobre assuntos mundanos.

Como resultado, nossa intuição se atrofia, quase entrando em paralisia psíquica.

Como tal a capacidade de expressarmos nossa espiritualidade com clareza, ela se degenera nas meias verdades dos dogmas religiosos.

Devido às circunstâncias extraordinárias que nós seres humanos espirituais geramos sobre nós mesmos, estamos perdendo a habilidade de sonhar, parecendo até que preferimos nos fixarmos no chão como formigas operárias.

É como se tivéssemos nos estabelecido em cima de um grão de areia, desprezando toda a experiência e magnitude do imenso oceano.

Refletindo sobre esses dados podemos agitar nossas mentes ou suspirar com a frustração do que estamos deixando de evoluir.

Ao contrário, talvez possamos nos incutir um impulso irresistível, para debater detalhes de nossas observações do plano espiritual.

Nos esforcemos para criar uma ponte de energia de pensamento dinâmico entre a lógica mental e a mente intuitiva do nosso coração, aberto às possibilidades de algo novo, um renovado ponto de vista, uma maneira diferente de olhar para nós mesmos e nosso mundo.

Quando meditarmos, não nos esqueçamos de registrar com grande alegria e admiração os deliciosos mini milagres que permeiam nossas respostas de vida.

Corajosamente, exploremos as doces visões que vêm de dentro de nós com imagens dos Campos Elísios, ou seja, segundo a mitologia grega o lugar ideal da felicidade.

Conscientizemo-nos do magnífico ser de Luz, que é o nosso verdadeiro ser!

Ao fazermos isso, os pesados encargos de solidão e tristeza, que usamos para sustentar nossos falsos 'eus', começarão a cair como galhos secos de árvores em mutação sazonal. Está claro?

Nossa intenção será nos deixarmos levar pela inspiração de investigar o vasto sertão não explorado de Alma com energia, entusiasmo e dedicação, a qual já manisfestamos quando em viagem pesquisando lugares desconhecidos.

À medida que aprendemos a enxergar e ler os contornos de nossos Corpos Luz, talvez nos tornemos tão absorvidos neles, tal como sempre foi o de investigar os contornos do globo planetário.

Para tanto, não precisaremos ficar isolados como monges, para explorarmos as estruturas enigmáticas de Alma, assim como não será necessário virarmos as costas às satisfações terrenas.

No entanto, a oração, pensamento elevado, meditação, reflexão e contemplação serão pré-requisitos para mantermos nossa vida equilibrada, nutrindo o Espírito.

Voltaremos ao assunto.

Texto revisado


por Marcos Porto - portomfc@terra.com.br
Marcos Porto - Terapeuta Holístico, modalidade Psicoterapia Holística Transpessoal - CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, Inglaterra, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA!, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, é palestrante, facilitador de Seminários.
E-mail:portomfc@terra.com.br

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