Fui há 2 semanas ao Reumatologista e tive a fazer o ponto de
situação da fibromialgia. No meio da conversa de temas variados, toca no ponto
da depressão, que me começou a remoer por dentro.
Conforme o tempo vai passado, a depressão instalou-se e
tornou-se cíclica. Sempre resisti em tomar meditação, visto que devemos atacar
o motivo da mesma. Comecei a fazer a fazer psicoterapia, em que se definiu o
que me faz sentir mal e metodologias para trabalhar esses temas. Pouco a pouco
fomos descascando a cebola. Certos assuntos foram-se resolvendo, outros não. Falar
disto e mexer nisto não é fácil e levou-me a ir ao psiquiatra, pois fui me
abaixo, mas sempre mantive a psicoterapia. Não é fácil acertar na meditação,
alguma faz nos mais mal do que bem e quando encontramos uma que nos faz bem, até
parece milagre. Infelizmente, na minha situação, o benefício teve um elevado preço,
engordei 24 quilos. Estou obesa. Cheguei ao ponto em que não posso continuar a
tomar continuadamente esta medicação, pois está a prejudicar-me em termos de
saúde e de autoestima. Lá vamos ter mais uma conversa e testar novo
medicamento. Um dos grandes problemas é a minha oscilação de humores e no tempo
mais quente não sinto necessidade de anti depressivo.
Na minha opinião deveria tomar um regulador de humores, que
não engorda-se e quanto ao antidepressivo seria ideal tomar na época fria. Contudo
Reumatologista não é dessa opinião, para ele deveria tomar anti depressivo para
sempre e o regulador de humor seria um extra, que até me podia ajudar a
emagrecer. Quando ao psiquiatra, é da opinião que se tem de tomar o anti
depressivo mínimo de 6 meses para fazer efeito e ir vendo como as coisas correm.
Claro que o que vem a mente de imediato é seguir indicações médicas, mas já me
deram coisas que fizeram muito mal com as melhores intenções e se não fossemos
médicos de nós mesmo e tivesse tido o discernimento de parar, teria tido
consequência gravíssimas. E estes 24 quilos o que faço a eles? Fácil para o
reumatologista, é mexer-me e fechar a boca. E todas as dores da fibromialgia e
as lesões que tenho, que me limitam? Há pois é, tem de fazer algo que se
adapte. O que é que se adapta? Pouca coisa, dahhh… Para o Reumatologista, a
depressão é um problema químico, é crônica, típico de fibromialgia. Ando sempre
em ciclos, pois tudo depende do meu mau estar físico por consequência psíquico,
da variação emocional e da minha extrema sensibilidade. Tenho momentos de neura,
de raiva, de tristeza e de choro, em que chego ao desespero, estou farta desta
vida. Esta não era a vida que queria para mim. Sinto que o universo me roubou a
vida e me amaldiçoou. Fui injustiçada. Sinto uma grande revolta por esta doença
não ter cura. Sei de um caso que conseguiu eliminar na grande maioria os
sintomas com grandes alterações que efetuou na sua vida. Contudo com o passar
dos anos, sintomas voltaram e perdi a esperança que um dia conseguiria dizer
adeus para sempre a fibromialgia.
Vou iniciar um novo anti depressivo, o que é que isto vai
dar? Deixei de ter grandes esperanças nestas coisas. Não sei se é bom ser obesa
com mente equilibrada ou sem aumento de peso e completamente deprimida, em que
a minha vida se torna um inferno. Infelizmente, interrompi o anti depressivo
anterior em Junho e até a data não emagreci nada de nada. Nos últimos tempos tenho tido muita fome, pouco controle.
Precisava desabafar.
Beijos de Luz
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