Viajei pelo mundo à procura de alguma coisa.
O que? Eu não sabia...
Procurava algo e não conseguia encontrar.
Cansei.
Olhei então para o céu
e comecei a busca nas estrelas.
Lá em cima, no espaço,
senti uma doce sensação de liberdade.
Despida de meu corpo físico,
a vida parecia mais leve.
Mas ainda não era aquilo que eu buscava.
Aproximei-me do Sol
e fui atraída a seu cálido seio.
Seus raios confundiram-se
com os raios do sol do meu coração
e uma paz profunda invadiu-me a alma.
Foi então que te vi.
Dentro do Sol,
dentro da luz do meu coração,
tua imagem sorriu-me.
Não te reconheci à princípio,
mas sabia já ter visto em algum lugar
o brilho dos teus olhos.
Tua voz soou-me familiar e falou-me de Amor,
falou-me de um Amor
que eu jamais havia encontrado na terra,
falou-me do Amor Universal.
E falou-me daqueles pobres seres humanos
perdidos na ignorância.
Afligi-me por eles
e compreendi que encontrara aquilo que buscava.
Eu buscava a Luz.
E agora que a encontrara
poderia derramá-la sobre aqueles
que ainda tivessem olhos para percebê-la
e poderia despertar o Amor naqueles
que ainda tivessem coração.
Olhei-te, agradecida,
cheia de Paz, cheia de Amor.
Foi então que reconheci
o brilho dos teus olhos e o som da tua voz.
Os teus olhos eram os meus olhos,
e a tua voz era a minha voz.
E foi lá,
no cálido seio do Sol,
que eu encontrei a mim mesma.
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