sábado, julho 21, 2007

o Amor

O amor dá-lhe a substância, o amor dá-lhe a integridade, o amor fá-lo centrar-se. Mas isso é apenas metade da jornada; a outra metade tem de ser completada com meditação, com consciência.

Contudo, o amor prepara-o para a outra metade. O amor é a metade inicial e a consciência é a metade final. Entre os dois, você alcança Deus. Entre o amor e a consciência, entre essas duas margens, corre o rio do ser.

Não evite o amor. Passe por ele, apesar de todos os seus sofrimentos. Sim, o amor faz doer, mas se você amar isso não tem importância. Na realidade, todos esses sofrimentos o fortalecem. Por vezes, o amor faz doer seriamente, terrivelmente,mas todas essas feridas são necessárias para o provocar, para o desafiar, para fazer com que você seja menos sonolento. Todas essas situações perigosas são necessárias para você ficar vigilante. O amor prepara o solo, e no solo do amor a semente da meditação pode crescer - mas só no solo do amor.

Por isso, aqueles que fogem do mundo porque têm medo nunca atingirão a meditação. Poderão sentar-se nas grutas dos Himalaias durante vidas a fio, mas nunca alcançarão a meditação. Não é possível - não a ganharam. Primeiro, ela tem de ser ganha no mundo; primeiro eles têm de preparar o solo. E é só o amor que prepara o solo.

Daí que eu insista em que não renuncie ao mundo. Esteja nele, aceite os desafios, aceite os seus perigos, as suas dores e feridas. Atravesse-o. Não o evite, não tente descobrir um atalho, pois não existe nenhum. É uma luta, é árduo, é difícil subir a montanha, mas é assim que se chega ao cimo.



OSHO - MATURIDADE, a importância de ser autêntico

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